Di Angelo's 3
Mindy, uma garota que não puxou as mesmas características visuais de hefesto, gostava de rock, mitomagia e não gostava de garotos que eram muito assediado.
Nico e Luke sairam do CHB e Mindy foi atrás, passaram por todo lugar, a proucura de lugares novos, pois acham que acabara de achar Bianca,mas quando os dois sairam Mindy foi atras.
- Ei, n tenha tanta certeza que ela e a bianca podemos ir no Acampamento Jupiter!- Disse Luke
Mindy saiu de tras da arvore:
- Poderia ajuda-los?
Os dois fizeram q sim com a cabeça e foram a caminho de Nova Roma, ao chegar no tunel q abre a passagem para o acampamento encontraram Hazel, q os guiou para dentro. Ao entrarem lá, encontraram no chão uma garota jogada com as roupas sujas de carvão, apagada em um sono pesado, ultilizava uma canula e arrastava uma mochilete que bombeava ar, seu nome era Hazel Grace Lancaster e tinha uma especie de cancer, filha de Jupiter irmã de Thalia e Jason, mas tinha o nome parecido com a prima, Hazel tinha depressão pois a poucos meses acabara de perder o namorado. Nico e Luke tentaram acorda-la, e perceberam que a canula estava desencaixada ao colocar ouviram a respiração ofegante ela estava quase morrendo mas conseguiram salva-la. Luke pegou ela no colo e levou ate a cama do chalé de Jupiter sentaram na cama ao lado e resolveram ficar ate ela ficar sã e salva.
No acampamento meio sangue todos estavam extremamente preocupados com Mindy, principalmente Mandie que arrumou um namorado Travis Sttoll. Thalia nunca conheceu a irmã, pois ela foi proclamada filha dos dois apos Thalia sair de casa mesmo ainda sem saber que tinha uma irmã saiu a proucura de Jason para avisar que saiu da caçada , ao chegar no acampamento Jupiter avistou no chale de Jason: Mindy, Nico, Luke e uma garota sentada na cabeceira da cama rindo e ajustando sua canula na narina, Thalia correu
Ate eles e gritou:
-Abandonei a caçada!!!!
Todos a abraçaram menos Hazel que não conseguia se locomover:
-Olá! Sou Hazel Grace filha de Jupiter - disse Hazel - Você deve estar estranhando essa canula no meu nariz, e porque tenho câncer.
Quando Thalia ouviu " Sou Hazel grace" encheu os olhos de lagrimas e foi abraça-la.
- Thalia Grace, filha de Zeus mais conhecido aqui como Jupiter!- disse Thalia
- Vamo parar a melação e deixem eu explicar todos nos vamos em uma missão encontrar Bianca di angelo, minha irmã, precisamos ir para o impróprio dos anões de Jardim.
Batatas Flamejantes
Percy Jackson e os Olimpianos/ Heróis do Olimpo FanFictions
domingo, 2 de março de 2014
Di Angelo's 3
Fallen Stars - Cap 5
"-Me desculpe por isso. - ele disse, e antes que eu pudesse pensar em algo para dizer, ele me beijou."
Naquele momento, a únicas únicas coisas que eu conseguia pensar eram "Merda merda merda merda merda merda" e "Vou morrer." Se bem que um "Merda, vou morrer." também cairia bem.
Eu estava com os olhos arregalados, de surpresa, mas depois de alguns segundos, me permiti fecha-los. As batidas do meu coração estavam tão fortes, tão altas que eu tinha certeza que teria um enfarte. Nem sabia se era possível um coração bater tão rápido assim.
Nico passou as mãos pela minha cintura e me agarrou para mais perto ainda, mas eu continuava sem reação.
Por uns 4 segundos, senti um vento passar em volta de nós dois, como se um furacão tivesse engulido nossos corpos, e estivéssemos no fundo dele.
Ele devia saber que eu nunca havia beijado antes, porque nem sequer tentou usar sua bela língua. Ele apenas explorava meus lábios com os dele.
Depois de mais ou menos 2 minutos, ele lentamente se descolou de mim, e eu abri os olhos.
Ok, uma coisa estranha haviam acontecido.
Não estávamos mais no chalé de Hades, no Acampamento Meio-Sangue. Estávamos no alto de um prédio em Londres. Ao longe, eu podia ver o grande relógio Big Ben, ao leste.
Eu não sabia se deveria ficar desesperada porque acabei de beijar um garoto, porque tínhamos teletransportado para Londres ou porque estávamos no alto de um prédio e não havia como descer.
-Droga. Odeio quando isso acontece. - disse Nico.
-Quando você beija garotas que por acaso são irmãs do garoto que você era apaixonado? - pergunto, me afastando dele com um empurrão.
-Não. Quando viajo nas sombras sem querer.
-Quando você o quê?
-Viagem nas sombras. É uma característica dos filhos de Hades ou Plutão, e você meio que se afoga na sombra de alguma coisa e aparece em outro lugar. Geralmente venho pra cá quando preciso pensar.
-E você está precisando pensar agora?
-Eu não sei. Não sei de nada.
Ele andou até a ponta do prédio como se estivesse andando na praça, e se sentou no pequeno muro, sem se ligar do fato de que havia pelo menos 20 andares abaixo, e se ele caísse morreria num piscar de olhos.
Procurei qualquer coisa que pudesse nos levar para baixo, sem ser o precipício. Não havia escada, elevador, nada.
-Poderia pensar em um jeito de me tirar daqui? Não sei porquê, mas sinto que não posso ficar em um lugar muito alto. E ah, poderia pensar também que você pode cair com um pequeno movimento, e morrer.
-Já tentei pular daqui uma vez. - ele contou, ainda olhando a paisagem. - Quando caio no chão, afundo no solo como se numa viagem nas sombras e retorno para esse lugar. Não tem como eu morrer caindo daqui.
-Mas tem como EU morrer. Então, por favor, me tire daqui. - eu falei, soando um pouco como uma ordem.
-Não dá para esperar um pouco? Eu estou tendo trilhões de pensamentos aqui. Você me deixa maluco.
-Então por quê você me beijou? - perguntei.
Ele se levantou do murinho, e se virou para minha direção. Franzia o cenho como se estivesse me avaliando, e sua cabeça estava levemente inclinada para direita.
-Você parece tanto com...
-Pare de dizer isso!! - o interrompi. - Percy e eu somos irmãos. Mas não sei se notou, eu sou uma garota!!
Ele deu uma risadinha estranha, com a boca fechada.
-Não pensei que sentiria atração por uma garota de novo. Mas não sei se posso contar você como uma, já que é como o Percy de peruca loira.
Levantei o dedo, apontando para ele.
-Olha, você parece muito com um fantasma, ou uma pessoa morta, mas eu não fico jogando isso na sua cara. E pelo amor dos deuses, Percy de peruca loira ficaria horrível!!
-Não ligo para minha aparência. Não ligo se pareço uma pessoa morta. Então, se você curte necrofilia eu não tenho nada a ver.
-Necrofilia? O que? Pra começo de conversa, foi você que me beijou, não eu. Então, se você curte garotos de peruca eu não tenho nada a ver.
Paramos de falar, e ficamos em um silêncio constrangedor por alguns segundos. Nico ainda estava com o cenho franzido, mas dessa vez parecia bravo. Imaginei que eu também estava assim. Então, ele começou a rir de um jeito um pouco assustador, mas imaginei que a risada normal dele deva ser assim mesmo. Comecei a rir também, e logo, estávamos quase mijando nas calças.
Depois de mais ou menos 3 minutos rindo, eu consegui recuperar minhas estruturas e parei de rir. Ele fez o mesmo, e colocou a mão na testa.
-Cara, acho que eu não ria assim a anos.
-Eu nunca tive muitos motivos pra rir. Minha vida sempre foi uma droga.
-De onde você veio? - ele perguntou, se sentando no chão, e puxando minha mão, para que eu sentasse do seu lado.
-Vim de um orfanato perto de Manhattan. Lá era um inferno. A maldita da diretora, Ellizabeth, nunca nos deixava sair de lá para nada, nem em passeios escolares. Ela dizia que eu...que eu não era como os outros, que eu era um perigo. Só agora entendo o que ela queria dizer. Só não entendo como ela sabia que eu era uma semideusa.
-Monstro ela não devia ser, porque senão ou já teria te matado, eu você já teria matado ela. E o treinador Hedge teria sentido, quando foi lá te buscar. - ele disse.
-Eu não sei...tudo é tão estranho. Cara, a minha vida toda é estranha.
Ele deu um sorrisinho.
-Vida de semideus nunca foi fácil e nunca vai ser. Aliás, já é um perigo nós estarmos fora do acampamento agora. Uma filha de Poseidon já exala muito cheiro, agora uma de Poseidon com outra semideusa...monstros da Rússia devem poder sentir seu cheiro.
Levantei o braço e cheirei a axila esquerda.
-Mas eu tomei banho hoje. Eu deveria feder tanto assim?
-Não me refiro a fedor, sua idiota. Me refiro ao cheiro natural que os semideuses têm. Monstros e sátiros podem sentir.
Dei um soquinho nele de leve.
-Não me chame de idiota, seu idiota.
-Você mudou de nome?
Franzi o cenho. Me esforcei pra entender o que ele quis dizer, mas fracassei.
-O que quis dizer com isso?
-Filhos de Poseidon. - ele revirou os olhos. - Sempre tão lerdos.
-Ei! Você me odeia mesmo, não é? Já me chamou de vadia, idiota e lerda, vai me chamar de quê agora?
Ele levou os olhos até mim. Eu não conseguia ler sua expressão, mas parecia a expressão de um gatinho, quando você chama o nome dele.
-Você...
-Vai dizer que sou parecida com o Percy de novo? - o interrompi. Ele deu um sorrisinho.
-Não. Eu ia dizer que você é linda.
Senti meu rosto ficar vermelho. Virei a cabeça para o outro lado, na esperança de que ele não visse.
-Leo vive me dizendo isso. Eu já pedi pra ele parar tantas vezes...
Ele bufou e grunhiu.
-Será que dá pra não falar sobre seu namoradinho pra mim?
-Eu já disse que Leo não é meu namorado. Mas e se fosse? O que você tem contra? Ele é o garoto mais legal que eu já conheci. Eu até estava pensando em...
Ele me beijou de novo, me cortando. Mas dessa vez, durou 2 segundos, porque eu o afastei.
-Pare de fazer isso!! - gritei, enquanto me levantava e me afastava dele. Fiquei de costas pra ele, com os braços cruzados, observando as ruas.
Eu realmente gostaria de morar ali.
-Desculpa! Eu devo ter um fraco por garotos de peruca. - ele disse.
Ainda de costas pra ele, me permiti sorrir, sem que ele visse.
-Não sei se eu curto necrofilia.
Por alguns segundos, ficamos em silêncio. Então, eu senti braços me abraçando por trás.
-Tem certeza? - ele sussurrou no meu ouvido, com uma voz sexy.
Meio que sem querer, deixei sair um gemido baixinho.
-Isso é muito pior que me beijar. Por favor, não faça isso. - eu murmurei, mas não me soltei de seus braços.
-Por que? Você por acaso... - ele colou os lábios em meu ouvido. - tem medo de se apaixonar por um filho de Hades?
Me soltei dele num movimento tão rápido que quase caí do prédio.
-NUNCA MAIS FAÇA ISSO, NICO DI ANGELO!!! - Gritei, correndo para o mais longe que eu podia ficar dele sem cair. Ouvi a risada dele, atrás de mim. - Por favor. Apenas nos leve de volta para o acampamento, mas não no chalé de Hades. Lá tem camas. E eu estou com medo de você.
-Acha que eu vou te estuprar? - ele riu, do meu lado.
-Depois disso, sim, eu acho. Agora, anda logo, porque eu acho que vou precisar de 10 anos de terapia se passar mais 5 minutos com você.
Ele riu, pegou na minha mão, e eu fechei os olhos.
Senti novamente aquela sensação de um furacão estar engolindo nós dois, e, depois de 1 minuto, ele disse:
-Pode abrir os olhos.
Eu o fiz.
Estávamos perto do lago de canoagem, no acampamento, e logo a frente, a parede de escalada com lava caindo brilhava. Já deveria ser mais ou menos umas 21:00, então, me soltei dele e olhei ao redor.
-Onde fica meu chalé?
-Quer que eu te leve?
-Não, por favor. Apenas diga onde é e caia fora. Não quero 10 anos de terapia.
-Tudo bem. Pra esquerda. - ele apontou para a direção, onde eu podia ver todos os chalés. - O terceiro que você ver daqui.
-Muito obrigada. - eu soei sarcástica, e comecei a andar na direção que ele me passou. - E ah, NUNCA MAIS ME BEIJE!! - eu gritei, uns 10 metros longe dele. Ele apenas riu, andou até a sombra de uma árvore e desapareceu.
Não havia ninguém fora dos chalés. No alto, eu via uns estranhos animais alados, que estranhamente voavam através de mim. Corri até meu chalé, abri a porta e a fechei rapidamente.
Fiquei olhando para a porta por alguns segundos.
-Leo foi dormir no chalé de Hefesto hoje. - ouvi a voz de Percy atrás de mim. - Ele disse que também não sabia onde você estava. Fui no chalé de Hades, e nem você nem Nico estavam lá. ONDE VOCÊ ESTAVA??
Olhei para ele. Ele estava com os braços cruzados, e com uma expressão claramente brava. Achei engraçado e dei uma risadinha curta.
-Fui pro puteiro fazer hora extra. - ironizei, sentando na minha cama.
-Eu estou falando sério. Você vive sumindo, garota! Primeiro com o Leo, agora com... - ele franziu a sobrancelha, e uma expressão sombria tomou conta de seu rosto. - Com Nico.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
Hey, Cupcakes. Vocês não comentaram de novo. Ok, 12 pessoas viram e nenhuma comentou. Obrigada! Enfim, mesmo assim, não vou parar de escrever porque eu sei que entre essas 12, pelo menos 2 lêem mesmo. E eu agradeço a essas pelo menos 2.
Beijos,
Mandie :3
Naquele momento, a únicas únicas coisas que eu conseguia pensar eram "Merda merda merda merda merda merda" e "Vou morrer." Se bem que um "Merda, vou morrer." também cairia bem.
Eu estava com os olhos arregalados, de surpresa, mas depois de alguns segundos, me permiti fecha-los. As batidas do meu coração estavam tão fortes, tão altas que eu tinha certeza que teria um enfarte. Nem sabia se era possível um coração bater tão rápido assim.
Nico passou as mãos pela minha cintura e me agarrou para mais perto ainda, mas eu continuava sem reação.
Por uns 4 segundos, senti um vento passar em volta de nós dois, como se um furacão tivesse engulido nossos corpos, e estivéssemos no fundo dele.
Ele devia saber que eu nunca havia beijado antes, porque nem sequer tentou usar sua bela língua. Ele apenas explorava meus lábios com os dele.
Depois de mais ou menos 2 minutos, ele lentamente se descolou de mim, e eu abri os olhos.
Ok, uma coisa estranha haviam acontecido.
Não estávamos mais no chalé de Hades, no Acampamento Meio-Sangue. Estávamos no alto de um prédio em Londres. Ao longe, eu podia ver o grande relógio Big Ben, ao leste.
Eu não sabia se deveria ficar desesperada porque acabei de beijar um garoto, porque tínhamos teletransportado para Londres ou porque estávamos no alto de um prédio e não havia como descer.
-Droga. Odeio quando isso acontece. - disse Nico.
-Quando você beija garotas que por acaso são irmãs do garoto que você era apaixonado? - pergunto, me afastando dele com um empurrão.
-Não. Quando viajo nas sombras sem querer.
-Quando você o quê?
-Viagem nas sombras. É uma característica dos filhos de Hades ou Plutão, e você meio que se afoga na sombra de alguma coisa e aparece em outro lugar. Geralmente venho pra cá quando preciso pensar.
-E você está precisando pensar agora?
-Eu não sei. Não sei de nada.
Ele andou até a ponta do prédio como se estivesse andando na praça, e se sentou no pequeno muro, sem se ligar do fato de que havia pelo menos 20 andares abaixo, e se ele caísse morreria num piscar de olhos.
Procurei qualquer coisa que pudesse nos levar para baixo, sem ser o precipício. Não havia escada, elevador, nada.
-Poderia pensar em um jeito de me tirar daqui? Não sei porquê, mas sinto que não posso ficar em um lugar muito alto. E ah, poderia pensar também que você pode cair com um pequeno movimento, e morrer.
-Já tentei pular daqui uma vez. - ele contou, ainda olhando a paisagem. - Quando caio no chão, afundo no solo como se numa viagem nas sombras e retorno para esse lugar. Não tem como eu morrer caindo daqui.
-Mas tem como EU morrer. Então, por favor, me tire daqui. - eu falei, soando um pouco como uma ordem.
-Não dá para esperar um pouco? Eu estou tendo trilhões de pensamentos aqui. Você me deixa maluco.
-Então por quê você me beijou? - perguntei.
Ele se levantou do murinho, e se virou para minha direção. Franzia o cenho como se estivesse me avaliando, e sua cabeça estava levemente inclinada para direita.
-Você parece tanto com...
-Pare de dizer isso!! - o interrompi. - Percy e eu somos irmãos. Mas não sei se notou, eu sou uma garota!!
Ele deu uma risadinha estranha, com a boca fechada.
-Não pensei que sentiria atração por uma garota de novo. Mas não sei se posso contar você como uma, já que é como o Percy de peruca loira.
Levantei o dedo, apontando para ele.
-Olha, você parece muito com um fantasma, ou uma pessoa morta, mas eu não fico jogando isso na sua cara. E pelo amor dos deuses, Percy de peruca loira ficaria horrível!!
-Não ligo para minha aparência. Não ligo se pareço uma pessoa morta. Então, se você curte necrofilia eu não tenho nada a ver.
-Necrofilia? O que? Pra começo de conversa, foi você que me beijou, não eu. Então, se você curte garotos de peruca eu não tenho nada a ver.
Paramos de falar, e ficamos em um silêncio constrangedor por alguns segundos. Nico ainda estava com o cenho franzido, mas dessa vez parecia bravo. Imaginei que eu também estava assim. Então, ele começou a rir de um jeito um pouco assustador, mas imaginei que a risada normal dele deva ser assim mesmo. Comecei a rir também, e logo, estávamos quase mijando nas calças.
Depois de mais ou menos 3 minutos rindo, eu consegui recuperar minhas estruturas e parei de rir. Ele fez o mesmo, e colocou a mão na testa.
-Cara, acho que eu não ria assim a anos.
-Eu nunca tive muitos motivos pra rir. Minha vida sempre foi uma droga.
-De onde você veio? - ele perguntou, se sentando no chão, e puxando minha mão, para que eu sentasse do seu lado.
-Vim de um orfanato perto de Manhattan. Lá era um inferno. A maldita da diretora, Ellizabeth, nunca nos deixava sair de lá para nada, nem em passeios escolares. Ela dizia que eu...que eu não era como os outros, que eu era um perigo. Só agora entendo o que ela queria dizer. Só não entendo como ela sabia que eu era uma semideusa.
-Monstro ela não devia ser, porque senão ou já teria te matado, eu você já teria matado ela. E o treinador Hedge teria sentido, quando foi lá te buscar. - ele disse.
-Eu não sei...tudo é tão estranho. Cara, a minha vida toda é estranha.
Ele deu um sorrisinho.
-Vida de semideus nunca foi fácil e nunca vai ser. Aliás, já é um perigo nós estarmos fora do acampamento agora. Uma filha de Poseidon já exala muito cheiro, agora uma de Poseidon com outra semideusa...monstros da Rússia devem poder sentir seu cheiro.
Levantei o braço e cheirei a axila esquerda.
-Mas eu tomei banho hoje. Eu deveria feder tanto assim?
-Não me refiro a fedor, sua idiota. Me refiro ao cheiro natural que os semideuses têm. Monstros e sátiros podem sentir.
Dei um soquinho nele de leve.
-Não me chame de idiota, seu idiota.
-Você mudou de nome?
Franzi o cenho. Me esforcei pra entender o que ele quis dizer, mas fracassei.
-O que quis dizer com isso?
-Filhos de Poseidon. - ele revirou os olhos. - Sempre tão lerdos.
-Ei! Você me odeia mesmo, não é? Já me chamou de vadia, idiota e lerda, vai me chamar de quê agora?
Ele levou os olhos até mim. Eu não conseguia ler sua expressão, mas parecia a expressão de um gatinho, quando você chama o nome dele.
-Você...
-Vai dizer que sou parecida com o Percy de novo? - o interrompi. Ele deu um sorrisinho.
-Não. Eu ia dizer que você é linda.
Senti meu rosto ficar vermelho. Virei a cabeça para o outro lado, na esperança de que ele não visse.
-Leo vive me dizendo isso. Eu já pedi pra ele parar tantas vezes...
Ele bufou e grunhiu.
-Será que dá pra não falar sobre seu namoradinho pra mim?
-Eu já disse que Leo não é meu namorado. Mas e se fosse? O que você tem contra? Ele é o garoto mais legal que eu já conheci. Eu até estava pensando em...
Ele me beijou de novo, me cortando. Mas dessa vez, durou 2 segundos, porque eu o afastei.
-Pare de fazer isso!! - gritei, enquanto me levantava e me afastava dele. Fiquei de costas pra ele, com os braços cruzados, observando as ruas.
Eu realmente gostaria de morar ali.
-Desculpa! Eu devo ter um fraco por garotos de peruca. - ele disse.
Ainda de costas pra ele, me permiti sorrir, sem que ele visse.
-Não sei se eu curto necrofilia.
Por alguns segundos, ficamos em silêncio. Então, eu senti braços me abraçando por trás.
-Tem certeza? - ele sussurrou no meu ouvido, com uma voz sexy.
Meio que sem querer, deixei sair um gemido baixinho.
-Isso é muito pior que me beijar. Por favor, não faça isso. - eu murmurei, mas não me soltei de seus braços.
-Por que? Você por acaso... - ele colou os lábios em meu ouvido. - tem medo de se apaixonar por um filho de Hades?
Me soltei dele num movimento tão rápido que quase caí do prédio.
-NUNCA MAIS FAÇA ISSO, NICO DI ANGELO!!! - Gritei, correndo para o mais longe que eu podia ficar dele sem cair. Ouvi a risada dele, atrás de mim. - Por favor. Apenas nos leve de volta para o acampamento, mas não no chalé de Hades. Lá tem camas. E eu estou com medo de você.
-Acha que eu vou te estuprar? - ele riu, do meu lado.
-Depois disso, sim, eu acho. Agora, anda logo, porque eu acho que vou precisar de 10 anos de terapia se passar mais 5 minutos com você.
Ele riu, pegou na minha mão, e eu fechei os olhos.
Senti novamente aquela sensação de um furacão estar engolindo nós dois, e, depois de 1 minuto, ele disse:
-Pode abrir os olhos.
Eu o fiz.
Estávamos perto do lago de canoagem, no acampamento, e logo a frente, a parede de escalada com lava caindo brilhava. Já deveria ser mais ou menos umas 21:00, então, me soltei dele e olhei ao redor.
-Onde fica meu chalé?
-Quer que eu te leve?
-Não, por favor. Apenas diga onde é e caia fora. Não quero 10 anos de terapia.
-Tudo bem. Pra esquerda. - ele apontou para a direção, onde eu podia ver todos os chalés. - O terceiro que você ver daqui.
-Muito obrigada. - eu soei sarcástica, e comecei a andar na direção que ele me passou. - E ah, NUNCA MAIS ME BEIJE!! - eu gritei, uns 10 metros longe dele. Ele apenas riu, andou até a sombra de uma árvore e desapareceu.
Não havia ninguém fora dos chalés. No alto, eu via uns estranhos animais alados, que estranhamente voavam através de mim. Corri até meu chalé, abri a porta e a fechei rapidamente.
Fiquei olhando para a porta por alguns segundos.
-Leo foi dormir no chalé de Hefesto hoje. - ouvi a voz de Percy atrás de mim. - Ele disse que também não sabia onde você estava. Fui no chalé de Hades, e nem você nem Nico estavam lá. ONDE VOCÊ ESTAVA??
Olhei para ele. Ele estava com os braços cruzados, e com uma expressão claramente brava. Achei engraçado e dei uma risadinha curta.
-Fui pro puteiro fazer hora extra. - ironizei, sentando na minha cama.
-Eu estou falando sério. Você vive sumindo, garota! Primeiro com o Leo, agora com... - ele franziu a sobrancelha, e uma expressão sombria tomou conta de seu rosto. - Com Nico.
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Hey, Cupcakes. Vocês não comentaram de novo. Ok, 12 pessoas viram e nenhuma comentou. Obrigada! Enfim, mesmo assim, não vou parar de escrever porque eu sei que entre essas 12, pelo menos 2 lêem mesmo. E eu agradeço a essas pelo menos 2.
Beijos,
Mandie :3
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
Fallen Stars - Cap 4
Eu sabia que ele não iria ouvir. Falar com Poseidon apenas olhando para o mar e pronunciando xingamentos? Se ouvisse, provavelmente iria me afogar, ou algo assim. Ah, é. Acho que não posso me afogar. Que pena, já estava pensando em tentar morrer assim. Afinal, ninguém ligaria se eu morresse. Percy? Sim, descobri que é meu irmão, mas nos conhecemos apenas a algumas horas.
Acho que as únicas pessoas que iam sequer deixar uma flor no meu caixão são Debby e Leo. Aliás, eu não via Debby desde antes da Captura à Bandeira. Ela provavelmente ficou o dia todo procurando garotos bonitos.
-Você está bem? - perguntou a voz de Percy, atrás de mim. Logo ele se sentou ao meu lado na areia.
-Eu não sei...preciso de muitas respostas. Tentei falar com Poseidon, mas pelo que eu sei, ele não ouviu.
-As vezes, ele ouve, só não tem como responder.
-Mas podia mandar um sinal, como...um peixe falante, ou algo assim.
-Hey, sabia que você pode falar com cavalos? Bom, eu consigo, então, acho que você também.
-Nunca vi um cavalo. Nunca nem sequer saí do orfanato...nunca vi uma praia, uma paisagem, nada. Tudo que eu via era aquela maldita prisão em que me prendiam.
-Você com certeza não teve uma vida muito agitada. Quantos anos você tem, agora?
-14. Vou fazer 15 em dezembro.
-Com quinze anos, eu estava em uma missão no Labirinto de Dédalo.
Engasguei com o nada.
-Você quer dizer...O Labirinto, aquele do Minotauro e tal?
-Sim, mas sem Minotauro. Argh, aquela coisa é horrível. Eu o matei quando tinha 12 anos.
O olhei fascinada. Eu sabia que ele era um herói, mas não sabia que era tão...herói.
-Quantos monstros você matou?
-Uau, nem pergunte. Passei a vida toda, desde os 12 anos, matando monstros. Eles simplesmente me amam. E também amariam você, se saísse do acampamento. É por isso que você tem que ficar aqui, segura. Você tem que treinar, tem que aprender tudo sobre lutar.
-Você já treinava quando matou o Minotauro?
-Bem...não. Mas aquilo foi pura sorte. Tive aulas de esgrima depois, com... - ele hesitou.
-Com quem?
-É uma longa história. Longa mesmo. Mas, resumindo, tive aulas de esgrima com Luke. Depois, ele traiu o acampamento, se juntou aos monstros, tentou me matar pelo menos um bilhão de vezes, ressuscitou Cronos, e por fim, se arrependeu, e pediu para morrer. Assim, ele salvou o mundo.
-Uau. Queria ter conhecido ele.
Percy riu.
-Não, não queira isso, nem de brincadeira! Mesmo que tenha morrido heroicamente, ele era mau.
Dei uma risada leve, e levei os olhos para o mar de novo.
Ele passou o braço pelo meu pescoço.
-Nunca pensei que teria uma irmã...uma irmã semideusa. Espero que você não tenha um futuro horrível, como diz Apolo.
-Por que eu não teria? Não passo de um erro, uma regra quebrada, uma falta de vergonha na cara, uma...uma aberração.
Imediatamente, me lembrei do sonho de Debby. Estava acontecendo, o garoto de olhos verdes, eu. E no sonho, eu chorava. Eu REALMENTE não quero chorar. Nunca choro por qualquer coisa, nunca. Provavelmente a única vez que chorei foi quando quebrei a perna, com 6 anos, e quando nasci. Não, não vou deixar acontecer o que está destinado a acontecer. Assim como a maldição de Apolo. Começando por agora, eu ia fazer meu próprio destino.
-Você não é uma aberração, Missie. - ele começou, mas eu ergui uma mão, interrompendo-o.
-Na verdade, eu sou sim. Mas quer saber? Eu não ligo. Não ligo se Apolo me odeia, a culpa não foi minha. Não ligo se todo mundo acha que eu sou um erro, mesmo que eu seja. Não ligo se Poseidon não responde a o que eu digo. E eu não ligo se minha mãe, aquela vagabunda, me abandonou, sozinha, nesse inferno de vida. ESTÁ OUVINDO, MÃEZINHA?? - me levantei da areia e ergui os braços para o céu. - ESTÁ OUVINDO, APOLO?? EU NÃO LIGO!! NÃO LIGO PRA VOCÊ E SUAS PRAGAS, SEU VIADO ESCROTO!!
-MISSIE, PARE!! - Percy me agarrou e me sentou de novo na praia. Ele abriu a boca e fechou, várias vezes, com com os olhos arregalados, as sobrancelhas franzidas, e as mãos levantadas. - Você quer morrer??Quer mesmo?? Meus deuses, você não percebe que acabou de insultar um deus?? Agora ele te odeia mais ainda, no mínimo!!
Me acalmei um pouco. Percy estava certo. Cara, agora eu com certeza vou ter uma morte lenta e dolorosa assim que colocar os pés pra fora desse acampamento. Bati na testa com a mão esquerda.
-Eu não sei, eu só...eu meio que pirei. Desculpe, não quero morrer. Eu acho.
Estranhamente, Percy começou a rir, e olhar pra mim fascinado.
-Garota, você é louca!! Eu não acredito que você fez isso, eu NUNCA teria coragem o suficiente para insultar deuses! Você ganhou meu respeito.
Ouvi passos atrás de nós, mas não quis desviar os olhos dos de Percy. Olhando mais perto, ele era parecido comigo. Não só no jeito de ser, mas seu rosto, seus traços, ele era parecido comigo. Mas meu cabelo era loiro, provavelmente herança da minha linda mãezinha.
-Percy! Você precisa ver isso. - Annabeth gritou atrás de nós. - Missie, vem você também!
-O que aconteceu? - Percy perguntou, com uma expressão preocupada.
-Vem logo!! - Ela bateu o pé. - Vocês dois têm que ver!
-Ok!
Levantamos rapidamente e fomos atrás de Annabeth. Ela olhou para Percy e hesitou por alguns segundos, como se estivesse levemente se arrependendo de chamá-lo. Então, ela suspirou e apontou para a direção do refeitório.
-É Nico. Ele desmaiou. - ela murmurou, olhando para o horizonte, claramente pensando.
Vi milhões de sentimentos possíveis passando pelo rosto de Percy naquele momento.
-O que aconteceu? Alguém bateu nele, ou...
-Não. - Annabeth o cortou. - Eu não sei se é por todo o tempo que ele está sem comer ou pelo fato de ele simplesmente se recusar a dormir. Acho que é tudo isso junto.
-Onde ele está?! - perguntei, soando mais preocupada do que eu queria. Annabeth franziu a testa.
-Você conhece ele ou...?
-Mais ou menos, eu...bem, eu acho que somos alguma coisa perto de colegas. - eu disse. Ela deu um sorrisinho torto.
-Tudo bem. Vamos logo.
Ela começou a correr para o refeitório. Tivemos que correr junto para acompanhá-la, porque ela corria rápido, quase tanto quanto Leo. Oh, meus deuses, Leo. Abandonei ele no refeitório quando saí do nada. Todas as piadinhas referentes ao fato de que eu estava segurando a mão dele quando chegamos ele vai ter que ouvir sozinho.
Annabeth parou do nada, me fazendo esbarrar nela. Então, ela apontou para uma rodinha na grama, cheia de garotos e garotas dando risada.
Percy abriu caminho no meio do povo, me arrastando junto, e no meio da rodinha, haviam dois garotos riscando a cara de um Nico inconsciente, deitado em uma posição estranha, babando.
-Connor!! Travis!! - gritou Percy. - Saiam daí! Deixem ele em paz!
-Desculpe a gente. Não íamos perder a oportunidade. - disse um dos garotos, saindo dali e arrastando o outro irmão.
-Mas eu estava terminando o bigode!! - gritou o outro, que estava sendo arrastado.
Me aproximei de Nico. Ele tinha um pênis desenhado na bochecha direita, e embaixo estava escrito: "EU SOU GAY". Embaixo do nariz, tinha metade de um bigodinho estilo Hitler, e, nos olhos, tinha um monóculo desenhado, como daqueles filmes antigos.
Meio que sem querer, acabei rindo, e Percy me olhou de cara feia.
-Desculpe. - disse, tentando parar de rir. - É que está muito engraçado.
Percy olhou mais de perto, e eu pude ver um sorrisinho se formando.
-Vou leva-lo pra chalé de Hades. Você vem, Missie?
Assenti. Percy o pegou e colocou em seu ombro, segurando suas pernas com os braços. Ele parecia um urso de pelúcia rabiscado sendo carregado por uma criança.
Nico deu um gemidinho, como se tivesse levemente tendo a impressão de estar sendo carregado, enquanto Percy ia até o chalé do garoto.
Parou na frente de um chalé negro, com o símbolo de uma caveira.
-Não sei o que tem dentro desse lugar. Nunca vim aqui. Provavelmente não vai ser muito confortável ficar aqui e esperar ele acordar, então, só vamos coloca-lo aqui e...
-Eu fico. - o interrompi. - Tudo bem pra mim.
-Tem certeza?
-Absoluta. Não tenho medo do escuro, Percy. - murmurei, com uma expressão um pouco mais sombria do que eu queria deixar transparecer. Percy me olhou um pouco assustado, e abriu a porta. Assim que colocamos o pé dentro daquele lugar, ouvi gritos e tive pequenas visões de pessoas mortas, no meio do chão do chalé.
-Se você vai ficar é problema seu, me desculpe. - disse Percy, rapidamente colocando Nico na primeira cama. - Tchau!
Dito isso, ele foi embora. Parei para observar melhor o lugar. As paredes eram todas pretas, assim como o lado de fora. Eu podia ouvir gritos de dor, desespero e raiva ao longe, e, em certa hora, vi uma menininha de aproximadamente 6 anos, de cabelos pretos e olhos verdes segurando um bichinho de pelúcia, usando uma camisola rosa claro ao meu lado.
-Quem é você? - perguntei para a menina.
-Sou Leslie. Nico me invocou sem querer a 2 semanas, e me permitiu ficar aqui. Ele conversa comigo.
-Você é um fantasma? - pareceu uma pergunta meio óbvia, mas ela realmente parecia real. Então, foquei mais os olhos nela, e em volta de seu corpo, podia ver um brilho azul claro.
-Sim. Morri em 1967. Um assassino invadiu minha casa e matou meus pais. Me levou como refém e antes de a polícia o prender, ele me matou. - ela contava, tristemente, abraçando o ursinho de pelúcia roxo.
-Sinto muito, Leslie. Você disse que Nico fala com você...sobre o que?
-Sobre a morte. Sobre a vida. Sobre o Mundo Inferior.
-O que há, no Mundo Inferior?
-Pessoas mortas. - ela murmurou, mas não vi nenhum indício de sarcasmo. - Nunca vi meus pais. Acho que eles não foram para os Campos Elísios.
-Espere...você é uma semideusa?
-Sim. Descobri só depois de morrer, mas sou filha de Ares.
-Ares...deus da guerra?
-Sim. Mas não se engane sobre mim. Sou uma pessoa boa. Não reencarnei porque passei todo o tempo no Mundo Inferior procurando por meus pais no Elísio. Quando Nico me invocou, pedi para que ele dissesse onde estavam, e, pelo que ele viu, eles estão nos Campos de Punição. Acho que eles foram malvadinhos.
O jeito que ela falava era tão inocente, que não parecia que ela havia passado por tanta coisa. Parecia uma criança comum, como as do orfanato que eu frequentava. Por um momento, sua imagem tremeluziu e eu vi o ursinho de pelúcia manchado de sangue, e um buraco ensanguentado no local do coração.
-Isso acontece as vezes. - ela murmurou, colocando a mão na área do buraco. - Foi um tiro. Acho que me levaram para o hospital, mas nenhum médico arriscou fazer a cirurgia, porque provavelmente, se funcionasse, deixaria sequelas horríveis, e ainda assim eu teria pouco tempo de vida. Por favor, não se assuste.
-Você é uma batalhadora. - murmurei. - não tenho medo de você, tenho admiração. Você foi sequestrada, morta, procurou por seus pais por todo o tempo que passou lá embaixo e ainda assim parece que não passou por nada.
Ela sorriu.
-Está ouvindo, Sr.Manhoso? Ela disse que eu sou uma batalhadora. - disse pro ursinho. - Ah, o que? Sim, sim.
-O que ele está dizendo? - perguntei
-Ele disse que você é legal. E que Nico gosta de você.
Senti um arrepio passar por todo o meu corpo.
-Gosta?
-Sim. Ele me disse hoje ainda. Disse que você não era como as outras pessoas, e que seus olhos eram tão verdes quanto os do outro.
-Outro...?
-O garoto que trouxe Nico. Ele é bonito. Nico tinha rasão em ter gostado dele.
-Você sabe sobre Percy, Leslie?
-Sim. E pode me chamar de Les. Nico dizia que Percy era um idiota, e que não sabia como tinha conseguido gostar dele. E disse que já o esqueceu.
Nico gemeu fracamente, e franziu o cenho, como se tivesse tido um pesadelo.
-Acho que você devia tirar esses desenhos do rosto dele. Ele não vai gostar quando acordar. - murmurou Les.
-Sim, mas eu o acordaria, porque teria que usar água.
-Água... - murmurou Les. - Você é filha de Poseidon, não é?
-Sim. - eu disse, suspirando. - Infelizmente.
-Tem algum jeito de você usar água sem fazer ele sentir?
-Vou tentar. Mas não sei se vou conseguir.
Fui até o pequeno banheiro que tinha no chalé, abri a torneira e tentei fazer com que a água se deslocasse, como tinha feito antes, na Captura à Bandeira. Me concentrei, fechei os olhos, e quando abri, tinha uma bola de água flutuando acima da minha mão. Sorri.
Andei até Nico, com a esfera de água, mas tropecei em alguma coisa no caminho e me desconcentrei, deixando cair a bola na cara dele.
Nico gritou, e se levantou num movimento rápido. Olhou em volta, com os olhos arregalados, e como eu estava atrás dele, ele não me viu.
-Les? - chamou, respirando pesadamente. - Como você...?
-Olá. - murmurei atrás dele, e ele se virou em outro movimento rápido, e apontou a espada para minha cabeça. - Missie! Não apareça do nada! Essa é uma característica minha.
-Desculpe.Você desmaiou, sabia? Percy te trouxe até aqui, mas antes, dois garotos rabiscaram sua cara.
-O que? - ele disse, e foi até o banheiro, olhando o rosto no espelho. - Ah, cara! Um pênis!! Tinha que ser um pênis? E que diabos de monóculo é esse? E por quê só tenho metade do bigode?
-Culpe uns tais de Connor e Travis. Eles que fizeram isso.
-Stolls. - ele praguejou. - Claro. E você tinha que me acordar assim, com água? Droga, estou todo molhado!
-Desculpe! - gritei - Não era pra te acordar! Eu ia tentar tirar esses rabiscos, mas tropecei e a água caiu em você!
-Aaaahh!! - ele gritou, e começou a tirar a camiseta. Virei pro outro lado.
-Mas será possível, garoto!! Não vai ficar pelado na minha frente!
-Eu não vou tirar a roupa. - ele disse. - Só estou trocando a camiseta. Você me molhou inteiro, quer o que? Quer que eu fique doente?
-Você está constantemente doente. Não come, nem dorme. O que espera que aconteça?
-Por que você está aqui mesmo? - ele perguntou.
-Percy não quis ficar. Ele disse que esse chalé é assustador. Então, me ofereci para ficar.
-Ótimo. Se eu acordasse e visse a cara do Percy, enfiaria a espada... - ele começou, mas olhou para Leslie, ainda sentada na cama ao lado da dele, e hesitou. - no pote de macarrão.
-Pote de macarrão...?
-Ahh, foi o que me veio à cabeça. Mas por quê diabos você quis ficar aqui?
-Porque...bem, porque sim. Ninguém mais iria ficar. - eu menti.
-Ok. Agora vai embora.
-O que? Como você é ingrato, criatura! Eu fiquei aqui, te observando, enquanto poderia estar...
-Dando uns pegas no Leo? - ele me cortou, com um sorrisinho malicioso.
Senti meu rosto queimar.
-Não estou namorando com Leo.
-Sei. Então, você sumiu, ao mesmo tempo que ele sumiu, apareceu de novo, segurando a mão dele, e vocês não estão se pegando. - ele ironizou. - Espera que eu acredite.
-Não gosto dele!! E a gente só foi pro Bunker 9 e... - me interrompi. Nico aumentou o sorrisinho, e começou a balançar a cabeça.
-Então vocês foram pro Bunker 9, hein? Ok, Senhorita Vadia. - ele levantou as mãos, como bandidos fazem quando policias os pegam.
-Não sou vadia. Nunca fui. E se for pra você me agradecer me xingando, eu vou embora mesmo. Tchau. - eu disse, e comecei a andar em direção a porta, mas senti a mão fria dele puxando a minha. Me virei, preparada para xinga-lo, mas acabei calculando mal e ficando a poucos centímetros do rosto dele. Ele ainda segurava minha mão.
-Desculpe. - ele murmurou, olhando para mim com aqueles olhos negros profundos. Podia ver meu reflexo neles. Cara, eu estava com uma cara de cu multiplicada por 30. - Não me olhe assim. É assustador.
-Você é o filho de Hades sombrio e antissocial. Não sou eu a assustadora. - respondi, com um sorriso sarcástico. Eu podia ouvir os batimentos fortes do meu coração. Aquela era uma péssima hora pra se ter uma parada cardíaca.
Tentei puxar minha mão da dele, mas ele a pegou de novo, e ficou ainda mais perto do meu rosto. Pensando bem, até que ter um treco agora não cairia mal.
Ele passeou com os olhos por toda a área do meu rosto, e eu já estava começando a pensar que a cara de cu tinha voltado. Então, ele sorriu.
-Você parece muito com o Percy.
-Fala sério. - revirei os olhos. - Péssimo momento para me comparar com meu irmão.
-Você sabia que eu era apaixonado por ele? - ele perguntou.
-Sim, eu sei. Mas o que isso tem a ver?
-Você é muito parecida com ele.
Pronto, pensei. Hora de cair morta.
-E isso é bom ou ruim? - perguntei, desfazendo a cara de cu que eu estava começando a pensar que ficaria pelo resto da minha vida na minha cara.
-Depende de você. - ele murmurou.
-Pare de jogar indiretas e fale logo o que tem para falar, seu feto mal desenvolvido.
Ele riu. Uma risada assustadora e sombria. Parecia a risada de um assassino depois de matar alguém.
-Me desculpe por isso. - ele disse e antes mesmo que eu pudesse pensar em algo para dizer, ele me beijou.
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Heeeey, povos e povas! Gente, estou ficando triste e perdendo a vontade de postar :c
Eu sei que só tem 4 capítulos, mas tem tão pouca gente lendo, e nenhum comentário...Eu passo tanto tempo escrevendo, e ninguém nem agradece -_-
Não estou exigindo nada, mas eu só queria saber se alguém, pelo menos uma pessoa está lendo! Então, please, se algum ser humano aí lê e gosta da Fic, por favor, comente! E, se quiser, APENAS SE QUISER, recomende para alguém!
Beijos,
#Mandie :3
Acho que as únicas pessoas que iam sequer deixar uma flor no meu caixão são Debby e Leo. Aliás, eu não via Debby desde antes da Captura à Bandeira. Ela provavelmente ficou o dia todo procurando garotos bonitos.
-Você está bem? - perguntou a voz de Percy, atrás de mim. Logo ele se sentou ao meu lado na areia.
-Eu não sei...preciso de muitas respostas. Tentei falar com Poseidon, mas pelo que eu sei, ele não ouviu.
-As vezes, ele ouve, só não tem como responder.
-Mas podia mandar um sinal, como...um peixe falante, ou algo assim.
-Hey, sabia que você pode falar com cavalos? Bom, eu consigo, então, acho que você também.
-Nunca vi um cavalo. Nunca nem sequer saí do orfanato...nunca vi uma praia, uma paisagem, nada. Tudo que eu via era aquela maldita prisão em que me prendiam.
-Você com certeza não teve uma vida muito agitada. Quantos anos você tem, agora?
-14. Vou fazer 15 em dezembro.
-Com quinze anos, eu estava em uma missão no Labirinto de Dédalo.
Engasguei com o nada.
-Você quer dizer...O Labirinto, aquele do Minotauro e tal?
-Sim, mas sem Minotauro. Argh, aquela coisa é horrível. Eu o matei quando tinha 12 anos.
O olhei fascinada. Eu sabia que ele era um herói, mas não sabia que era tão...herói.
-Quantos monstros você matou?
-Uau, nem pergunte. Passei a vida toda, desde os 12 anos, matando monstros. Eles simplesmente me amam. E também amariam você, se saísse do acampamento. É por isso que você tem que ficar aqui, segura. Você tem que treinar, tem que aprender tudo sobre lutar.
-Você já treinava quando matou o Minotauro?
-Bem...não. Mas aquilo foi pura sorte. Tive aulas de esgrima depois, com... - ele hesitou.
-Com quem?
-É uma longa história. Longa mesmo. Mas, resumindo, tive aulas de esgrima com Luke. Depois, ele traiu o acampamento, se juntou aos monstros, tentou me matar pelo menos um bilhão de vezes, ressuscitou Cronos, e por fim, se arrependeu, e pediu para morrer. Assim, ele salvou o mundo.
-Uau. Queria ter conhecido ele.
Percy riu.
-Não, não queira isso, nem de brincadeira! Mesmo que tenha morrido heroicamente, ele era mau.
Dei uma risada leve, e levei os olhos para o mar de novo.
Ele passou o braço pelo meu pescoço.
-Nunca pensei que teria uma irmã...uma irmã semideusa. Espero que você não tenha um futuro horrível, como diz Apolo.
-Por que eu não teria? Não passo de um erro, uma regra quebrada, uma falta de vergonha na cara, uma...uma aberração.
Imediatamente, me lembrei do sonho de Debby. Estava acontecendo, o garoto de olhos verdes, eu. E no sonho, eu chorava. Eu REALMENTE não quero chorar. Nunca choro por qualquer coisa, nunca. Provavelmente a única vez que chorei foi quando quebrei a perna, com 6 anos, e quando nasci. Não, não vou deixar acontecer o que está destinado a acontecer. Assim como a maldição de Apolo. Começando por agora, eu ia fazer meu próprio destino.
-Você não é uma aberração, Missie. - ele começou, mas eu ergui uma mão, interrompendo-o.
-Na verdade, eu sou sim. Mas quer saber? Eu não ligo. Não ligo se Apolo me odeia, a culpa não foi minha. Não ligo se todo mundo acha que eu sou um erro, mesmo que eu seja. Não ligo se Poseidon não responde a o que eu digo. E eu não ligo se minha mãe, aquela vagabunda, me abandonou, sozinha, nesse inferno de vida. ESTÁ OUVINDO, MÃEZINHA?? - me levantei da areia e ergui os braços para o céu. - ESTÁ OUVINDO, APOLO?? EU NÃO LIGO!! NÃO LIGO PRA VOCÊ E SUAS PRAGAS, SEU VIADO ESCROTO!!
-MISSIE, PARE!! - Percy me agarrou e me sentou de novo na praia. Ele abriu a boca e fechou, várias vezes, com com os olhos arregalados, as sobrancelhas franzidas, e as mãos levantadas. - Você quer morrer??Quer mesmo?? Meus deuses, você não percebe que acabou de insultar um deus?? Agora ele te odeia mais ainda, no mínimo!!
Me acalmei um pouco. Percy estava certo. Cara, agora eu com certeza vou ter uma morte lenta e dolorosa assim que colocar os pés pra fora desse acampamento. Bati na testa com a mão esquerda.
-Eu não sei, eu só...eu meio que pirei. Desculpe, não quero morrer. Eu acho.
Estranhamente, Percy começou a rir, e olhar pra mim fascinado.
-Garota, você é louca!! Eu não acredito que você fez isso, eu NUNCA teria coragem o suficiente para insultar deuses! Você ganhou meu respeito.
Ouvi passos atrás de nós, mas não quis desviar os olhos dos de Percy. Olhando mais perto, ele era parecido comigo. Não só no jeito de ser, mas seu rosto, seus traços, ele era parecido comigo. Mas meu cabelo era loiro, provavelmente herança da minha linda mãezinha.
-Percy! Você precisa ver isso. - Annabeth gritou atrás de nós. - Missie, vem você também!
-O que aconteceu? - Percy perguntou, com uma expressão preocupada.
-Vem logo!! - Ela bateu o pé. - Vocês dois têm que ver!
-Ok!
Levantamos rapidamente e fomos atrás de Annabeth. Ela olhou para Percy e hesitou por alguns segundos, como se estivesse levemente se arrependendo de chamá-lo. Então, ela suspirou e apontou para a direção do refeitório.
-É Nico. Ele desmaiou. - ela murmurou, olhando para o horizonte, claramente pensando.
Vi milhões de sentimentos possíveis passando pelo rosto de Percy naquele momento.
-O que aconteceu? Alguém bateu nele, ou...
-Não. - Annabeth o cortou. - Eu não sei se é por todo o tempo que ele está sem comer ou pelo fato de ele simplesmente se recusar a dormir. Acho que é tudo isso junto.
-Onde ele está?! - perguntei, soando mais preocupada do que eu queria. Annabeth franziu a testa.
-Você conhece ele ou...?
-Mais ou menos, eu...bem, eu acho que somos alguma coisa perto de colegas. - eu disse. Ela deu um sorrisinho torto.
-Tudo bem. Vamos logo.
Ela começou a correr para o refeitório. Tivemos que correr junto para acompanhá-la, porque ela corria rápido, quase tanto quanto Leo. Oh, meus deuses, Leo. Abandonei ele no refeitório quando saí do nada. Todas as piadinhas referentes ao fato de que eu estava segurando a mão dele quando chegamos ele vai ter que ouvir sozinho.
Annabeth parou do nada, me fazendo esbarrar nela. Então, ela apontou para uma rodinha na grama, cheia de garotos e garotas dando risada.
Percy abriu caminho no meio do povo, me arrastando junto, e no meio da rodinha, haviam dois garotos riscando a cara de um Nico inconsciente, deitado em uma posição estranha, babando.
-Connor!! Travis!! - gritou Percy. - Saiam daí! Deixem ele em paz!
-Desculpe a gente. Não íamos perder a oportunidade. - disse um dos garotos, saindo dali e arrastando o outro irmão.
-Mas eu estava terminando o bigode!! - gritou o outro, que estava sendo arrastado.
Me aproximei de Nico. Ele tinha um pênis desenhado na bochecha direita, e embaixo estava escrito: "EU SOU GAY". Embaixo do nariz, tinha metade de um bigodinho estilo Hitler, e, nos olhos, tinha um monóculo desenhado, como daqueles filmes antigos.
Meio que sem querer, acabei rindo, e Percy me olhou de cara feia.
-Desculpe. - disse, tentando parar de rir. - É que está muito engraçado.
Percy olhou mais de perto, e eu pude ver um sorrisinho se formando.
-Vou leva-lo pra chalé de Hades. Você vem, Missie?
Assenti. Percy o pegou e colocou em seu ombro, segurando suas pernas com os braços. Ele parecia um urso de pelúcia rabiscado sendo carregado por uma criança.
Nico deu um gemidinho, como se tivesse levemente tendo a impressão de estar sendo carregado, enquanto Percy ia até o chalé do garoto.
Parou na frente de um chalé negro, com o símbolo de uma caveira.
-Não sei o que tem dentro desse lugar. Nunca vim aqui. Provavelmente não vai ser muito confortável ficar aqui e esperar ele acordar, então, só vamos coloca-lo aqui e...
-Eu fico. - o interrompi. - Tudo bem pra mim.
-Tem certeza?
-Absoluta. Não tenho medo do escuro, Percy. - murmurei, com uma expressão um pouco mais sombria do que eu queria deixar transparecer. Percy me olhou um pouco assustado, e abriu a porta. Assim que colocamos o pé dentro daquele lugar, ouvi gritos e tive pequenas visões de pessoas mortas, no meio do chão do chalé.
-Se você vai ficar é problema seu, me desculpe. - disse Percy, rapidamente colocando Nico na primeira cama. - Tchau!
Dito isso, ele foi embora. Parei para observar melhor o lugar. As paredes eram todas pretas, assim como o lado de fora. Eu podia ouvir gritos de dor, desespero e raiva ao longe, e, em certa hora, vi uma menininha de aproximadamente 6 anos, de cabelos pretos e olhos verdes segurando um bichinho de pelúcia, usando uma camisola rosa claro ao meu lado.
-Quem é você? - perguntei para a menina.
-Sou Leslie. Nico me invocou sem querer a 2 semanas, e me permitiu ficar aqui. Ele conversa comigo.
-Você é um fantasma? - pareceu uma pergunta meio óbvia, mas ela realmente parecia real. Então, foquei mais os olhos nela, e em volta de seu corpo, podia ver um brilho azul claro.
-Sim. Morri em 1967. Um assassino invadiu minha casa e matou meus pais. Me levou como refém e antes de a polícia o prender, ele me matou. - ela contava, tristemente, abraçando o ursinho de pelúcia roxo.
-Sinto muito, Leslie. Você disse que Nico fala com você...sobre o que?
-Sobre a morte. Sobre a vida. Sobre o Mundo Inferior.
-O que há, no Mundo Inferior?
-Pessoas mortas. - ela murmurou, mas não vi nenhum indício de sarcasmo. - Nunca vi meus pais. Acho que eles não foram para os Campos Elísios.
-Espere...você é uma semideusa?
-Sim. Descobri só depois de morrer, mas sou filha de Ares.
-Ares...deus da guerra?
-Sim. Mas não se engane sobre mim. Sou uma pessoa boa. Não reencarnei porque passei todo o tempo no Mundo Inferior procurando por meus pais no Elísio. Quando Nico me invocou, pedi para que ele dissesse onde estavam, e, pelo que ele viu, eles estão nos Campos de Punição. Acho que eles foram malvadinhos.
O jeito que ela falava era tão inocente, que não parecia que ela havia passado por tanta coisa. Parecia uma criança comum, como as do orfanato que eu frequentava. Por um momento, sua imagem tremeluziu e eu vi o ursinho de pelúcia manchado de sangue, e um buraco ensanguentado no local do coração.
-Isso acontece as vezes. - ela murmurou, colocando a mão na área do buraco. - Foi um tiro. Acho que me levaram para o hospital, mas nenhum médico arriscou fazer a cirurgia, porque provavelmente, se funcionasse, deixaria sequelas horríveis, e ainda assim eu teria pouco tempo de vida. Por favor, não se assuste.
-Você é uma batalhadora. - murmurei. - não tenho medo de você, tenho admiração. Você foi sequestrada, morta, procurou por seus pais por todo o tempo que passou lá embaixo e ainda assim parece que não passou por nada.
Ela sorriu.
-Está ouvindo, Sr.Manhoso? Ela disse que eu sou uma batalhadora. - disse pro ursinho. - Ah, o que? Sim, sim.
-O que ele está dizendo? - perguntei
-Ele disse que você é legal. E que Nico gosta de você.
Senti um arrepio passar por todo o meu corpo.
-Gosta?
-Sim. Ele me disse hoje ainda. Disse que você não era como as outras pessoas, e que seus olhos eram tão verdes quanto os do outro.
-Outro...?
-O garoto que trouxe Nico. Ele é bonito. Nico tinha rasão em ter gostado dele.
-Você sabe sobre Percy, Leslie?
-Sim. E pode me chamar de Les. Nico dizia que Percy era um idiota, e que não sabia como tinha conseguido gostar dele. E disse que já o esqueceu.
Nico gemeu fracamente, e franziu o cenho, como se tivesse tido um pesadelo.
-Acho que você devia tirar esses desenhos do rosto dele. Ele não vai gostar quando acordar. - murmurou Les.
-Sim, mas eu o acordaria, porque teria que usar água.
-Água... - murmurou Les. - Você é filha de Poseidon, não é?
-Sim. - eu disse, suspirando. - Infelizmente.
-Tem algum jeito de você usar água sem fazer ele sentir?
-Vou tentar. Mas não sei se vou conseguir.
Fui até o pequeno banheiro que tinha no chalé, abri a torneira e tentei fazer com que a água se deslocasse, como tinha feito antes, na Captura à Bandeira. Me concentrei, fechei os olhos, e quando abri, tinha uma bola de água flutuando acima da minha mão. Sorri.
Andei até Nico, com a esfera de água, mas tropecei em alguma coisa no caminho e me desconcentrei, deixando cair a bola na cara dele.
Nico gritou, e se levantou num movimento rápido. Olhou em volta, com os olhos arregalados, e como eu estava atrás dele, ele não me viu.
-Les? - chamou, respirando pesadamente. - Como você...?
-Olá. - murmurei atrás dele, e ele se virou em outro movimento rápido, e apontou a espada para minha cabeça. - Missie! Não apareça do nada! Essa é uma característica minha.
-Desculpe.Você desmaiou, sabia? Percy te trouxe até aqui, mas antes, dois garotos rabiscaram sua cara.
-O que? - ele disse, e foi até o banheiro, olhando o rosto no espelho. - Ah, cara! Um pênis!! Tinha que ser um pênis? E que diabos de monóculo é esse? E por quê só tenho metade do bigode?
-Culpe uns tais de Connor e Travis. Eles que fizeram isso.
-Stolls. - ele praguejou. - Claro. E você tinha que me acordar assim, com água? Droga, estou todo molhado!
-Desculpe! - gritei - Não era pra te acordar! Eu ia tentar tirar esses rabiscos, mas tropecei e a água caiu em você!
-Aaaahh!! - ele gritou, e começou a tirar a camiseta. Virei pro outro lado.
-Mas será possível, garoto!! Não vai ficar pelado na minha frente!
-Eu não vou tirar a roupa. - ele disse. - Só estou trocando a camiseta. Você me molhou inteiro, quer o que? Quer que eu fique doente?
-Você está constantemente doente. Não come, nem dorme. O que espera que aconteça?
-Por que você está aqui mesmo? - ele perguntou.
-Percy não quis ficar. Ele disse que esse chalé é assustador. Então, me ofereci para ficar.
-Ótimo. Se eu acordasse e visse a cara do Percy, enfiaria a espada... - ele começou, mas olhou para Leslie, ainda sentada na cama ao lado da dele, e hesitou. - no pote de macarrão.
-Pote de macarrão...?
-Ahh, foi o que me veio à cabeça. Mas por quê diabos você quis ficar aqui?
-Porque...bem, porque sim. Ninguém mais iria ficar. - eu menti.
-Ok. Agora vai embora.
-O que? Como você é ingrato, criatura! Eu fiquei aqui, te observando, enquanto poderia estar...
-Dando uns pegas no Leo? - ele me cortou, com um sorrisinho malicioso.
Senti meu rosto queimar.
-Não estou namorando com Leo.
-Sei. Então, você sumiu, ao mesmo tempo que ele sumiu, apareceu de novo, segurando a mão dele, e vocês não estão se pegando. - ele ironizou. - Espera que eu acredite.
-Não gosto dele!! E a gente só foi pro Bunker 9 e... - me interrompi. Nico aumentou o sorrisinho, e começou a balançar a cabeça.
-Então vocês foram pro Bunker 9, hein? Ok, Senhorita Vadia. - ele levantou as mãos, como bandidos fazem quando policias os pegam.
-Não sou vadia. Nunca fui. E se for pra você me agradecer me xingando, eu vou embora mesmo. Tchau. - eu disse, e comecei a andar em direção a porta, mas senti a mão fria dele puxando a minha. Me virei, preparada para xinga-lo, mas acabei calculando mal e ficando a poucos centímetros do rosto dele. Ele ainda segurava minha mão.
-Desculpe. - ele murmurou, olhando para mim com aqueles olhos negros profundos. Podia ver meu reflexo neles. Cara, eu estava com uma cara de cu multiplicada por 30. - Não me olhe assim. É assustador.
-Você é o filho de Hades sombrio e antissocial. Não sou eu a assustadora. - respondi, com um sorriso sarcástico. Eu podia ouvir os batimentos fortes do meu coração. Aquela era uma péssima hora pra se ter uma parada cardíaca.
Tentei puxar minha mão da dele, mas ele a pegou de novo, e ficou ainda mais perto do meu rosto. Pensando bem, até que ter um treco agora não cairia mal.
Ele passeou com os olhos por toda a área do meu rosto, e eu já estava começando a pensar que a cara de cu tinha voltado. Então, ele sorriu.
-Você parece muito com o Percy.
-Fala sério. - revirei os olhos. - Péssimo momento para me comparar com meu irmão.
-Você sabia que eu era apaixonado por ele? - ele perguntou.
-Sim, eu sei. Mas o que isso tem a ver?
-Você é muito parecida com ele.
Pronto, pensei. Hora de cair morta.
-E isso é bom ou ruim? - perguntei, desfazendo a cara de cu que eu estava começando a pensar que ficaria pelo resto da minha vida na minha cara.
-Depende de você. - ele murmurou.
-Pare de jogar indiretas e fale logo o que tem para falar, seu feto mal desenvolvido.
Ele riu. Uma risada assustadora e sombria. Parecia a risada de um assassino depois de matar alguém.
-Me desculpe por isso. - ele disse e antes mesmo que eu pudesse pensar em algo para dizer, ele me beijou.
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Heeeey, povos e povas! Gente, estou ficando triste e perdendo a vontade de postar :c
Eu sei que só tem 4 capítulos, mas tem tão pouca gente lendo, e nenhum comentário...Eu passo tanto tempo escrevendo, e ninguém nem agradece -_-
Não estou exigindo nada, mas eu só queria saber se alguém, pelo menos uma pessoa está lendo! Então, please, se algum ser humano aí lê e gosta da Fic, por favor, comente! E, se quiser, APENAS SE QUISER, recomende para alguém!
Beijos,
#Mandie :3
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
Fallen Stars - Cap 3
-Percy... - comecei, mas fui interrompida por uma mão levantada.
-Missie, não fala nada. Apenas deixe eu explicar.
-Tudo bem.
Percy respirou fundo. Ele parecia desconfortável em falar sobre aquilo.
-Há alguns anos, Nico se apaixonou por mim. Eu não sabia até 4 meses atrás, quando ele assumiu. Eu achava que ele tinha uma queda por Annabeth, porque ele simplesmente não suportava ficar perto de mim quando eu estava com ela. Mas enfim, quando fiquei sabendo, eu...eu parei para, digamos, observa-lo. E eu meio que achei ele...atraente. Ok, eu achei ele mais do que atraente. Mas, eu não podia terminar com Annabeth para ficar com Nico. As pessoas iriam tratá-lo muito pior, então eu o deixei para protegê-lo. Mas ele não quis entender. Desde então não nos falamos mais.
Fiquei sem palavras. Percy era do tipo herói, daquele que sempre fica com a mulher mais bonita. Era forte, bonito e atraente. Poderia ter todas que quisesse, e mesmo assim...gostava de um garoto sombrio, afastado e...garoto. Senti uma sensação estranha no estômago. Por algum motivo, me senti triste. Muito triste.
-Missie, você não...você não gosta dele, gosta? - ele perguntou, com uma expressão preocupada.
-Eu...eu não sei mais. Só sei que...não sei de mais nada.
-Você gosta dele. - Percy murmurou, sem olhar em meus olhos. - Me desculpe.
Me deitei. Eu realmente não tinha certeza de mais nada. Isso tudo poderia ser um sonho, e talvez eu acorde do nada e ainda esteja naquele orfanato, vivendo a vida estúpida que eu levava.
Mas...eu estava mesmo gostando de Nico? Sinceramente, ele não era do tipo que Debby, por exemplo, gostaria. Mas pra mim...bem, ele é muito misterioso. Eu adoraria resolver todos os mistérios daquele garoto. Nunca gostei do tipo de garoto que todas as outras adolescentes da minha idade gostariam.
Na verdade, nunca me apaixonei por ninguém. Até aquele momento, eu achava que não tinha a parte do corpo que realizava tal proeza.
Senti meu estômago roncar. Mas eu não estava com fome.
Preciso ver Nico.
Me levanto num movimento rápido o suficiente para cair de cara no chão. Ouvi a voz de Percy perguntando alguma coisa, mas não entendi nada. Só conseguia pensar em uma coisa: Eu. Preciso. Ver. Nico.
Abro a porta do chalé e praticamente me jogo para fora do mesmo. Não havia percebido que estava chovendo. Droga!!
Tentei correr, mas escorreguei e caí pelo menos 3 vezes. Cara, eu mal conhecia aquele acampamento, por quê diabos pensei que acharia o chalé de Hades, assim, só porque queria?
Obviamente, me perdi, e essa droga de chuva não estava ajudando em nada. Continuei correndo até esbarrar em alguma coisa. Ou melhor, alguém.
-Ei!! - gritou a pessoa, e só então me dei o trabalho de ver quem é. Era Leo. - Missie, o que está fazendo correndo por aí em plena tempestade?
-Eu ia até o chalé de Hades. E você, o que faz correndo em plena tempestade?
-Procurando Buford. E o que diabos você pretende fazer no chalé de Hades?
-Bem...por quê você quer saber?
-Porque sim!! Agora diga, o que você quer com Nico?
-O que tem contra ele?
-Nada!! Menos o fato de VOCÊ ESTAR INDO ATÉ ELE!!
-Por que se importa?
-Porque...porque...aahh, garota, você me irrita!!
-Você também!! Agora responda minhas perguntas!!
-Responda VOCÊ minhas perguntas!!
-Não tenho a obrigação!
-Nem eu!
Paramos de falar por alguns segundos.
-Por que estávamos discutindo mesmo? - perguntou Leo.
-Não lembro...Ah!! Você estava me dizendo por quê se importa com o fato de eu estar indo ver Nico.
-Estava? Ah, Nico não é o tipo amigável. Não entendo o porquê de...Ei!! Você que ia me dizer por quê estava interessada nele!!
-Ia? Bem...senti vontade de falar com ele.
-O que te faz pensar que ele quer falar com você?
-Eu...não sei.
Leo ficou me observando. Então, ele espirrou.
-Acho melhor sairmos dessa chuva. Não quero pegar pneumonia.
-Sim, mas...não conheço o acampamento. Nem lembro onde fica meu chalé.
-Não sei se confio em você o suficiente para te levar para o Bunker 9.
-Que lugar é esse?
-Santo Hefesto, garota!! Acho que é o único lugar que eu sei o caminho de cor. Venha, você vai ver.
Dito isso, ele correu em direção ao bosque. Tive que me apressar para segui-lo.
Andamos aproximadamente por 10 minutos, então ele parou em frente a uma parede de rocha em uma montanha.
-Tcharaam! - ele disse, estendendo as mãos em direção à parede.
-Leo...quer mesmo que eu pense que você é maluco? - perguntei.
-Garota sem fé. - ele disse, e colocou a palma da mão esquerda na parede. Então, a mão estranhamente ficou vermelha, na parte da palma, e a rocha teve uma marca em forma de uma grande porta. - Agora sim. Tcharaaam!!
A porta se abriu, e Leo acenou com a mão para eu entrar. Desconfiadamente, adentrei o local, e logo atrás de mim e Leo, a porta se fechou. Ele deu um gemido de desaprovação e começou a pegar um monte de papéis e ferramentas largadas em cima de uma mesa e simplesmente jogar tudo para baixo da mesa.
-Desculpe a falta de organização. Geralmente não recebo garotas aqui. Exceto Piper, que vem só de vez em quando para me trazer algumas refeições. Quando ela não faz isso, me viro com comida instantânea.
-E eu que achava que era a pessoa mais desorganizada do mundo. - eu disse, observando o lugar. Uau, era enorme. Tinha um banner gigante escrito "Bunker 9" e muitas mesas, todas cheias de coisas. Pelo chão, haviam pacotes de salgadinhos, embalagens de hambúrguer instantâneo, latas de refrigerante, etc.
Leo foi até uma gaveta e a abriu, então tirou uma camiseta, uma jaqueta do exército e uma calça jeans.
-Se você for tirar a roupa, é melhor eu ir embora. - eu disse, me virando de costas.
-Sinceramente, não tenho nada de muito surpreendente aqui. Provavelmente você iria rir.
-Provavelmente eu iria corar e me debater na parede, tentando sair daqui.
Ele riu. Então, pegou a roupa e foi para um quarto no fim do lugar. Percebi depois que era um banheiro.
-Não pretendia dar uma de gostosão e te seduzir com meu corpo horrível.
Mas você com certeza iria, pensei.
Usei o tempo que ele estava fora para reparar mais no lugar. Era maior do que eu esperava. Parecia um refúgio de fugitivos, só que muito mais desorganizado. Na maioria das mesas, havia coisas estranhas que eu não entendia o que eram nem como funcionariam.
Espadas e escudos estavam jogados pelo chão, junto com outras bugigangas que provavelmente não deram certo. Eu nem sabia o que estava fazendo ali, com todos aqueles equipamentos estranhos que eu nunca iria entender.
Sentei em uma cadeira e comecei a ver os desenhos e as ideias. Não sabia porquê diabos ele queria tantas coisas inúteis que provavelmente não serviriam para nada, mas também não iria perguntar. Fiquei vendo os desenhos por algum tempo.
-Eu ia construir hoje essa máquina de algodão-doce. - ele disse atrás de mim, me dando um susto.
-Credo, ser-humano, não me assuste assim!!
-Desculpe. Não queria assustar. - ele se sentou do meu lado.
-Por que você quer uma máquina de algodão-doce? - perguntei, com as sobrancelhas franzidas.
-Sei lá. Algodão-doce é bom, e eu não tenho muito o que fazer da vida.
-Percebi. Por quê fica trancado aqui?
-Sabe...meu pai, Hefesto, não é muito bom com seres vivos. Ele prefere ficar apenas com suas máquinas, nas forjas.
-Mas você não é Hefesto. Você é Leo. E pelo que eu sei, Leo tem muitos amigos. Você é legal, divertido e fofo. Veja, eu te conheci a pouco tempo e já estou sozinha com você num lugar distante do acampamento. Você poderia muito bem pegar uma daquelas espadas e me matar.
-Não vou te matar. Você é bonita.
-Por que você vive falando isso? Não sou bonita.
-Sim, você é. E o fato de não perceber isso te torna mais bonita ainda.
Dei um sorrisinho. Apesar de estar me paquerando e de ser um idiota, ele era muito fofo.
-Você é uma das pessoas mais legais que eu já conheci. - eu disse.
-Vai me por na Friendzone?
-O que?
-Friendzone, sabe, quando você sabe que a pessoa gosta de você mas mesmo assim só rola amizade.
-Eu sei o que é isso. Mas o que te faz pensar que eu vou te por na Friendzone?
-O fato de você ter dito que eu sou uma das pessoas mais legais que você já conheceu e estar sozinha comigo e não ter me beijado.
Senti meu rosto ficar tão vermelho quanto um tomate.
-Eu...e-eu beijar...m-mas...
-Brincadeira. - ele riu. - Mas se você quiser eu aceito.
-Você é um idiota!!
-Eu sei. Por isso você gosta de mim. - ele deu um sorriso bobo, com uma parte da língua para fora. Nunca vou dizer isso pra ele, mas achei aquilo muito sexy.
Revirei os olhos, e ele riu.
-Por que você ficou tão envergonhada? Afinal, não seria nada.
-Sim seria, porque eu ainda sou BV. - revelei sem querer, e imediatamente, quis pegar aquelas palavras no ar e devolver à minha boca.
Leo arregalou os olhos e ergueu as sobrancelhas.
-Sério? Eu pensei até que você tinha namorado. Até porque você é linda.
-Pare de falar isso!! E sim, eu nunca beijei. Não conte pra ninguém, todo mundo acharia que eu sou uma retardada.
-Eu não precisaria falar, e as pessoas não precisariam saber se você me beijasse agora. - ele disse, olhando as unhas, como se tivesse dito alguma coisa absolutamente normal.
-Vou pensar no caso. Mas e você, já beijou?
Imediatamente, seu sorriso de deboche desapareceu. Vi seus olhos ficarem marejados. Ele olhou para baixo e piscou forte, tentando esconder.
-Sim. Mas não é um assunto muito legal pra se compartilhar. E eu não quero que você me veja chorando.
Me senti uma idiota naquela hora. Eu definitivamente tinha tocado em um assunto delicado. Sem pensar duas vezes, o abracei. Ele ficou surpreso por alguns segundos, mas depois cedeu e me abraçou também.
-Me desculpe. Sei que não deveria ter perguntado. - murmurei.
-Não é culpa sua. Eu gostaria de poder contar a história, mas provavelmente acabaria chorando como uma criança de 3 anos.
-Não vejo problema nenhum em chorar. Todo mundo chora, Leo. Você não seria especial por isso. - eu disse, me soltando dele, com um esforço enorme. Eu poderia ficar pra sempre abraçando ele.
-Obrigado. Mesmo. Faz tempo que não converso tanto com alguém. Você é uma pessoa legal, e eu quero que você saiba que eu nunca vou ter nojo de você, como as outras pessoas.
-Eu acho que já parou de chover. E também acho que já está na hora do jantar. - eu disse, me levantando.
-Tudo bem, pode ir.
-Como assim "pode ir"? Você vai junto hoje.
-Não, não precisa, eu fico aqui com meus salgadinhos.
-Cala a boca, Leo, você vem nem que eu tenha que te arrastar pelos cabelos.
Ele fez uma expressão surpresa.
-Uau, garota de atitude. Gostei. Tudo bem, eu vou.
Peguei a mão dele, só pra ter certeza de que ele iria mesmo, e saí do Bunker 9. Já havia anoitecido. Nossa, eu não tinha percebido quanto tempo havia ficado com Leo naquele lugar.
-Eu acho que estamos atrasados. - ele disse.
-Não me diga? Vem logo.
Comecei a correr pelo bosque, pelo caminho de onde eu tinha vindo, e pra variar, escorreguei e caí uma vez. Como estava segurando a mão de Leo, ele caiu junto. Pensei que ele iria me bater, mas ele apenas riu e me ajudou a levantar. Continuamos a correr, até chegarmos à área dos chalés.
-Ok, onde fica o refeitório? - perguntei.
-Pra esquerda. Vamos. - ele voltou a correr, e dessa vez ele estava na frente. No caminho, encontrei Percy, que nos parou.
-Missie!! Te procurei pelo acampamento todo, onde você estava?? - Ele perguntou com uma cara de bravo. Então, olhou para a minha mão, entrelaçada com a de Leo, e deu um sorrisinho malicioso. - Hmmm...então foi por isso que você saiu correndo do chalé, hein? Poderia ter ao menos avisado que estava no escurinho com Leo.
Novamente, meu rosto ficou vermelho.
-Escurinho? O que? NÃO!! Estávamos apenas nos escondendo da chuva no Bunker 9. - eu disse.
-Haaaaa, sozinhos no Bunker 9, hein? Menina, se eu soubesse que você é tão safada não teria deixado você sair do chalé.
-Percy, pare!! Eu não sou safada! Não rolou nada, ok? Leo, fala alguma coisa!! - gritei.
-O que quer que eu fale? Que não estávamos falando sobre beijos e máquinas de algodão-doce no Bunker 9? - ele perguntou.
-Máquinas de algodão-doce? - perguntou Percy. - BEIJOS?? Haaaaaa!!
Ele levantou os dedos em forma de arminha e começou a balançar para cima e para baixo na nossa direção.
-Meus deuses. - murmurei, levando a mão até o rosto, em uma expressão de facepalm. - Estamos atrasados para o jantar. Não estamos?
-Sim. Melhor irmos logo, e nada de escurinho, vocês dois! - disse Percy, ainda com o sorrisinho malicioso.
Revirei os olhos e segui Percy até o refeitório. Quando cheguei lá, praticamente todo mundo parou de conversar e olhou pra mim. Então levaram os olhos para Leo. Então para mim de novo. Então para Leo, e para mim, e fizeram a mesma cara que Percy tinha feito antes. Droga, esqueci que ainda estava de mãos dadas com Leo. Soltei minha mão rudemente, e virei o rosto para a parede. Leo foi para a mesa de Hefesto, e Percy e eu nos sentamos em uma mesa que estava vazia.
-Eu acho que agora o acampamento inteiro pensa que você e Leo estão namorando.- murmurou Percy do meu lado.
-Percebi.
Corri o olhar por todas as mesas, e surpreendentemente, vi Nico sentado sozinho um uma das mesas, encarando um pedaço de pizza. Ele parecia estar decidindo se comia ou se enfiava uma espada no prato.
Senti meu coração acelerando um pouco. Desviei o olhar para meu prato, e nele vi um hambúrguer. Não senti vontade nenhuma de comer.
Me levantei e saí do refeitório. Por quê eu tinha ido pra lá mesmo? Comecei a andar pelo acampamento, sem rumo. Comecei a pensar em coisas aleatórias, sobre o que Leo faria com a máquina de algodão-doce e sobre o caso de Percy e Nico.
Parei na praia do acampamento. Sentei na areia e comecei a pensar sobre o que Apolo havia dito antes. Eu teria um futuro horrível. Só porque Poseidon fez safadezas com uma filha de Apolo. Eu não pedi pra nascer, afinal de contas.
-Pai - murmurei, olhando para o mar. - Se você estiver ouvindo...quero que saiba que eu te odeio. Mas obrigada mesmo assim, até que é bom estar viva.
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Olá, pessoas! Tirei o gesso hoje :3 Entãão, posso postar sempre que quiser. Bom, vocês sabem que eu tenho escola e pá, então talvez eu fique tipo, 3 dias no máximo sem postar. Eu ficaria muito feliz se vocês comentassem, até porque eu fico 3 horas escrevendo, quando poderia estar, por exemplo, pegando homens. Tá, se eu não tivesse escrevendo estaria comendo ou assistindo TV. Não pego homens.
Beijos,
#Mandie
-Missie, não fala nada. Apenas deixe eu explicar.
-Tudo bem.
Percy respirou fundo. Ele parecia desconfortável em falar sobre aquilo.
-Há alguns anos, Nico se apaixonou por mim. Eu não sabia até 4 meses atrás, quando ele assumiu. Eu achava que ele tinha uma queda por Annabeth, porque ele simplesmente não suportava ficar perto de mim quando eu estava com ela. Mas enfim, quando fiquei sabendo, eu...eu parei para, digamos, observa-lo. E eu meio que achei ele...atraente. Ok, eu achei ele mais do que atraente. Mas, eu não podia terminar com Annabeth para ficar com Nico. As pessoas iriam tratá-lo muito pior, então eu o deixei para protegê-lo. Mas ele não quis entender. Desde então não nos falamos mais.
Fiquei sem palavras. Percy era do tipo herói, daquele que sempre fica com a mulher mais bonita. Era forte, bonito e atraente. Poderia ter todas que quisesse, e mesmo assim...gostava de um garoto sombrio, afastado e...garoto. Senti uma sensação estranha no estômago. Por algum motivo, me senti triste. Muito triste.
-Missie, você não...você não gosta dele, gosta? - ele perguntou, com uma expressão preocupada.
-Eu...eu não sei mais. Só sei que...não sei de mais nada.
-Você gosta dele. - Percy murmurou, sem olhar em meus olhos. - Me desculpe.
Me deitei. Eu realmente não tinha certeza de mais nada. Isso tudo poderia ser um sonho, e talvez eu acorde do nada e ainda esteja naquele orfanato, vivendo a vida estúpida que eu levava.
Mas...eu estava mesmo gostando de Nico? Sinceramente, ele não era do tipo que Debby, por exemplo, gostaria. Mas pra mim...bem, ele é muito misterioso. Eu adoraria resolver todos os mistérios daquele garoto. Nunca gostei do tipo de garoto que todas as outras adolescentes da minha idade gostariam.
Na verdade, nunca me apaixonei por ninguém. Até aquele momento, eu achava que não tinha a parte do corpo que realizava tal proeza.
Senti meu estômago roncar. Mas eu não estava com fome.
Preciso ver Nico.
Me levanto num movimento rápido o suficiente para cair de cara no chão. Ouvi a voz de Percy perguntando alguma coisa, mas não entendi nada. Só conseguia pensar em uma coisa: Eu. Preciso. Ver. Nico.
Abro a porta do chalé e praticamente me jogo para fora do mesmo. Não havia percebido que estava chovendo. Droga!!
Tentei correr, mas escorreguei e caí pelo menos 3 vezes. Cara, eu mal conhecia aquele acampamento, por quê diabos pensei que acharia o chalé de Hades, assim, só porque queria?
Obviamente, me perdi, e essa droga de chuva não estava ajudando em nada. Continuei correndo até esbarrar em alguma coisa. Ou melhor, alguém.
-Ei!! - gritou a pessoa, e só então me dei o trabalho de ver quem é. Era Leo. - Missie, o que está fazendo correndo por aí em plena tempestade?
-Eu ia até o chalé de Hades. E você, o que faz correndo em plena tempestade?
-Procurando Buford. E o que diabos você pretende fazer no chalé de Hades?
-Bem...por quê você quer saber?
-Porque sim!! Agora diga, o que você quer com Nico?
-O que tem contra ele?
-Nada!! Menos o fato de VOCÊ ESTAR INDO ATÉ ELE!!
-Por que se importa?
-Porque...porque...aahh, garota, você me irrita!!
-Você também!! Agora responda minhas perguntas!!
-Responda VOCÊ minhas perguntas!!
-Não tenho a obrigação!
-Nem eu!
Paramos de falar por alguns segundos.
-Por que estávamos discutindo mesmo? - perguntou Leo.
-Não lembro...Ah!! Você estava me dizendo por quê se importa com o fato de eu estar indo ver Nico.
-Estava? Ah, Nico não é o tipo amigável. Não entendo o porquê de...Ei!! Você que ia me dizer por quê estava interessada nele!!
-Ia? Bem...senti vontade de falar com ele.
-O que te faz pensar que ele quer falar com você?
-Eu...não sei.
Leo ficou me observando. Então, ele espirrou.
-Acho melhor sairmos dessa chuva. Não quero pegar pneumonia.
-Sim, mas...não conheço o acampamento. Nem lembro onde fica meu chalé.
-Não sei se confio em você o suficiente para te levar para o Bunker 9.
-Que lugar é esse?
-Santo Hefesto, garota!! Acho que é o único lugar que eu sei o caminho de cor. Venha, você vai ver.
Dito isso, ele correu em direção ao bosque. Tive que me apressar para segui-lo.
Andamos aproximadamente por 10 minutos, então ele parou em frente a uma parede de rocha em uma montanha.
-Tcharaam! - ele disse, estendendo as mãos em direção à parede.
-Leo...quer mesmo que eu pense que você é maluco? - perguntei.
-Garota sem fé. - ele disse, e colocou a palma da mão esquerda na parede. Então, a mão estranhamente ficou vermelha, na parte da palma, e a rocha teve uma marca em forma de uma grande porta. - Agora sim. Tcharaaam!!
A porta se abriu, e Leo acenou com a mão para eu entrar. Desconfiadamente, adentrei o local, e logo atrás de mim e Leo, a porta se fechou. Ele deu um gemido de desaprovação e começou a pegar um monte de papéis e ferramentas largadas em cima de uma mesa e simplesmente jogar tudo para baixo da mesa.
-Desculpe a falta de organização. Geralmente não recebo garotas aqui. Exceto Piper, que vem só de vez em quando para me trazer algumas refeições. Quando ela não faz isso, me viro com comida instantânea.
-E eu que achava que era a pessoa mais desorganizada do mundo. - eu disse, observando o lugar. Uau, era enorme. Tinha um banner gigante escrito "Bunker 9" e muitas mesas, todas cheias de coisas. Pelo chão, haviam pacotes de salgadinhos, embalagens de hambúrguer instantâneo, latas de refrigerante, etc.
Leo foi até uma gaveta e a abriu, então tirou uma camiseta, uma jaqueta do exército e uma calça jeans.
-Se você for tirar a roupa, é melhor eu ir embora. - eu disse, me virando de costas.
-Sinceramente, não tenho nada de muito surpreendente aqui. Provavelmente você iria rir.
-Provavelmente eu iria corar e me debater na parede, tentando sair daqui.
Ele riu. Então, pegou a roupa e foi para um quarto no fim do lugar. Percebi depois que era um banheiro.
-Não pretendia dar uma de gostosão e te seduzir com meu corpo horrível.
Mas você com certeza iria, pensei.
Usei o tempo que ele estava fora para reparar mais no lugar. Era maior do que eu esperava. Parecia um refúgio de fugitivos, só que muito mais desorganizado. Na maioria das mesas, havia coisas estranhas que eu não entendia o que eram nem como funcionariam.
Espadas e escudos estavam jogados pelo chão, junto com outras bugigangas que provavelmente não deram certo. Eu nem sabia o que estava fazendo ali, com todos aqueles equipamentos estranhos que eu nunca iria entender.
Sentei em uma cadeira e comecei a ver os desenhos e as ideias. Não sabia porquê diabos ele queria tantas coisas inúteis que provavelmente não serviriam para nada, mas também não iria perguntar. Fiquei vendo os desenhos por algum tempo.
-Eu ia construir hoje essa máquina de algodão-doce. - ele disse atrás de mim, me dando um susto.
-Credo, ser-humano, não me assuste assim!!
-Desculpe. Não queria assustar. - ele se sentou do meu lado.
-Por que você quer uma máquina de algodão-doce? - perguntei, com as sobrancelhas franzidas.
-Sei lá. Algodão-doce é bom, e eu não tenho muito o que fazer da vida.
-Percebi. Por quê fica trancado aqui?
-Sabe...meu pai, Hefesto, não é muito bom com seres vivos. Ele prefere ficar apenas com suas máquinas, nas forjas.
-Mas você não é Hefesto. Você é Leo. E pelo que eu sei, Leo tem muitos amigos. Você é legal, divertido e fofo. Veja, eu te conheci a pouco tempo e já estou sozinha com você num lugar distante do acampamento. Você poderia muito bem pegar uma daquelas espadas e me matar.
-Não vou te matar. Você é bonita.
-Por que você vive falando isso? Não sou bonita.
-Sim, você é. E o fato de não perceber isso te torna mais bonita ainda.
Dei um sorrisinho. Apesar de estar me paquerando e de ser um idiota, ele era muito fofo.
-Você é uma das pessoas mais legais que eu já conheci. - eu disse.
-Vai me por na Friendzone?
-O que?
-Friendzone, sabe, quando você sabe que a pessoa gosta de você mas mesmo assim só rola amizade.
-Eu sei o que é isso. Mas o que te faz pensar que eu vou te por na Friendzone?
-O fato de você ter dito que eu sou uma das pessoas mais legais que você já conheceu e estar sozinha comigo e não ter me beijado.
Senti meu rosto ficar tão vermelho quanto um tomate.
-Eu...e-eu beijar...m-mas...
-Brincadeira. - ele riu. - Mas se você quiser eu aceito.
-Você é um idiota!!
-Eu sei. Por isso você gosta de mim. - ele deu um sorriso bobo, com uma parte da língua para fora. Nunca vou dizer isso pra ele, mas achei aquilo muito sexy.
Revirei os olhos, e ele riu.
-Por que você ficou tão envergonhada? Afinal, não seria nada.
-Sim seria, porque eu ainda sou BV. - revelei sem querer, e imediatamente, quis pegar aquelas palavras no ar e devolver à minha boca.
Leo arregalou os olhos e ergueu as sobrancelhas.
-Sério? Eu pensei até que você tinha namorado. Até porque você é linda.
-Pare de falar isso!! E sim, eu nunca beijei. Não conte pra ninguém, todo mundo acharia que eu sou uma retardada.
-Eu não precisaria falar, e as pessoas não precisariam saber se você me beijasse agora. - ele disse, olhando as unhas, como se tivesse dito alguma coisa absolutamente normal.
-Vou pensar no caso. Mas e você, já beijou?
Imediatamente, seu sorriso de deboche desapareceu. Vi seus olhos ficarem marejados. Ele olhou para baixo e piscou forte, tentando esconder.
-Sim. Mas não é um assunto muito legal pra se compartilhar. E eu não quero que você me veja chorando.
Me senti uma idiota naquela hora. Eu definitivamente tinha tocado em um assunto delicado. Sem pensar duas vezes, o abracei. Ele ficou surpreso por alguns segundos, mas depois cedeu e me abraçou também.
-Me desculpe. Sei que não deveria ter perguntado. - murmurei.
-Não é culpa sua. Eu gostaria de poder contar a história, mas provavelmente acabaria chorando como uma criança de 3 anos.
-Não vejo problema nenhum em chorar. Todo mundo chora, Leo. Você não seria especial por isso. - eu disse, me soltando dele, com um esforço enorme. Eu poderia ficar pra sempre abraçando ele.
-Obrigado. Mesmo. Faz tempo que não converso tanto com alguém. Você é uma pessoa legal, e eu quero que você saiba que eu nunca vou ter nojo de você, como as outras pessoas.
-Eu acho que já parou de chover. E também acho que já está na hora do jantar. - eu disse, me levantando.
-Tudo bem, pode ir.
-Como assim "pode ir"? Você vai junto hoje.
-Não, não precisa, eu fico aqui com meus salgadinhos.
-Cala a boca, Leo, você vem nem que eu tenha que te arrastar pelos cabelos.
Ele fez uma expressão surpresa.
-Uau, garota de atitude. Gostei. Tudo bem, eu vou.
Peguei a mão dele, só pra ter certeza de que ele iria mesmo, e saí do Bunker 9. Já havia anoitecido. Nossa, eu não tinha percebido quanto tempo havia ficado com Leo naquele lugar.
-Eu acho que estamos atrasados. - ele disse.
-Não me diga? Vem logo.
Comecei a correr pelo bosque, pelo caminho de onde eu tinha vindo, e pra variar, escorreguei e caí uma vez. Como estava segurando a mão de Leo, ele caiu junto. Pensei que ele iria me bater, mas ele apenas riu e me ajudou a levantar. Continuamos a correr, até chegarmos à área dos chalés.
-Ok, onde fica o refeitório? - perguntei.
-Pra esquerda. Vamos. - ele voltou a correr, e dessa vez ele estava na frente. No caminho, encontrei Percy, que nos parou.
-Missie!! Te procurei pelo acampamento todo, onde você estava?? - Ele perguntou com uma cara de bravo. Então, olhou para a minha mão, entrelaçada com a de Leo, e deu um sorrisinho malicioso. - Hmmm...então foi por isso que você saiu correndo do chalé, hein? Poderia ter ao menos avisado que estava no escurinho com Leo.
Novamente, meu rosto ficou vermelho.
-Escurinho? O que? NÃO!! Estávamos apenas nos escondendo da chuva no Bunker 9. - eu disse.
-Haaaaa, sozinhos no Bunker 9, hein? Menina, se eu soubesse que você é tão safada não teria deixado você sair do chalé.
-Percy, pare!! Eu não sou safada! Não rolou nada, ok? Leo, fala alguma coisa!! - gritei.
-O que quer que eu fale? Que não estávamos falando sobre beijos e máquinas de algodão-doce no Bunker 9? - ele perguntou.
-Máquinas de algodão-doce? - perguntou Percy. - BEIJOS?? Haaaaaa!!
Ele levantou os dedos em forma de arminha e começou a balançar para cima e para baixo na nossa direção.
-Meus deuses. - murmurei, levando a mão até o rosto, em uma expressão de facepalm. - Estamos atrasados para o jantar. Não estamos?
-Sim. Melhor irmos logo, e nada de escurinho, vocês dois! - disse Percy, ainda com o sorrisinho malicioso.
Revirei os olhos e segui Percy até o refeitório. Quando cheguei lá, praticamente todo mundo parou de conversar e olhou pra mim. Então levaram os olhos para Leo. Então para mim de novo. Então para Leo, e para mim, e fizeram a mesma cara que Percy tinha feito antes. Droga, esqueci que ainda estava de mãos dadas com Leo. Soltei minha mão rudemente, e virei o rosto para a parede. Leo foi para a mesa de Hefesto, e Percy e eu nos sentamos em uma mesa que estava vazia.
-Eu acho que agora o acampamento inteiro pensa que você e Leo estão namorando.- murmurou Percy do meu lado.
-Percebi.
Corri o olhar por todas as mesas, e surpreendentemente, vi Nico sentado sozinho um uma das mesas, encarando um pedaço de pizza. Ele parecia estar decidindo se comia ou se enfiava uma espada no prato.
Senti meu coração acelerando um pouco. Desviei o olhar para meu prato, e nele vi um hambúrguer. Não senti vontade nenhuma de comer.
Me levantei e saí do refeitório. Por quê eu tinha ido pra lá mesmo? Comecei a andar pelo acampamento, sem rumo. Comecei a pensar em coisas aleatórias, sobre o que Leo faria com a máquina de algodão-doce e sobre o caso de Percy e Nico.
Parei na praia do acampamento. Sentei na areia e comecei a pensar sobre o que Apolo havia dito antes. Eu teria um futuro horrível. Só porque Poseidon fez safadezas com uma filha de Apolo. Eu não pedi pra nascer, afinal de contas.
-Pai - murmurei, olhando para o mar. - Se você estiver ouvindo...quero que saiba que eu te odeio. Mas obrigada mesmo assim, até que é bom estar viva.
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Olá, pessoas! Tirei o gesso hoje :3 Entãão, posso postar sempre que quiser. Bom, vocês sabem que eu tenho escola e pá, então talvez eu fique tipo, 3 dias no máximo sem postar. Eu ficaria muito feliz se vocês comentassem, até porque eu fico 3 horas escrevendo, quando poderia estar, por exemplo, pegando homens. Tá, se eu não tivesse escrevendo estaria comendo ou assistindo TV. Não pego homens.
Beijos,
#Mandie
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Fallen Stars - Cap 2
Saí da dispensa de armas com várias perguntas na cabeça. Por quê Poseidon não tinha filhas meninas? E se não tinha, por quê essa espada pertence a mim? Parei para observa-la com clareza. Uau, é bonita. A parte chata é de ouro? Nossa. A lâmina com certeza é de bronze celestial. Espera, como eu sei o que é bronze celestial? Estou ficando maluca, ou são meus instintos de semideusa?
-Hey! Annabeth me disse para te levar para o bosque. - ouvi a voz de Jason atrás de mim e tomei um susto, derrubando a espada sem querer. - Eu pego pra você. Desculpe pelo susto.
-Tudo bem, eu estava só...observando. Tudo isso é bem estranho pra mim. - eu disse, e ele deu um sorriso, enquanto se abaixava para pegar a espada.
-É, é sempre assim mesmo. Informação demais, né? Eu não lembro quando descobri que era filho de Júpiter, mas...
-Júpiter? - eu o interrompi.
-Bom...é meio complicado explicar, mas aqui não é o único acampamento para semideuses do mundo. Resumindo, os Deuses têm duas personalidades: Romana e grega. Eu sou filho de Zeus em sua personalidade romana. Vim do Acampamento Júpiter, que é o acampamento para filhos de todas as personalidades romanas. Entendeu?
-Então...se você veio desse outro acampamento, por quê não está lá?
-Eu poderia, mas prefiro ficar aqui, com Leo, Piper, Percy e Annabeth.
-Ah...ainda não conheci Leo.
-Ah, você vai gostar dele. Ou vai odiá-lo. Bom, ele só faz piadas.
-Eu gosto de piadas.
-Sério? As dele são meio irritantes. Gosta de pessoas irritantes?
-Mais ou menos. Então, onde é o bosque?
-Ah sim, é para a direita. Vamos. - ele disse e já foi andando na direção. Enquanto andávamos, fiquei observando seu rosto. Se eu fosse Debby, com certeza já tinha pulado em cima dele. - Por que está me olhando?
-Você é bonito. Mas eu não gosto desse tipo, pode ficar tranquilo. - eu disse, corando um pouco.
-Você gosta de que tipo? Não que eu esteja invadindo sua privacidade ou algo assim.
-Sei lá. Só sei que não gosto dos típicos altos, musculosos, gostosões. - eu afirmei, e ele riu. Uma risada fofa, concluí.
-Se você conhecesse Leo, ele iria com certeza te paquerar. Ele faz isso zoando, claro, até porque todas as garotas que ele paquera reviram os olhos, mandam ele pro Tártaro, ou...
-Como ele é? - perguntei, o interrompendo.
-Bad Boy supremo. E as gatas amam um Bad Boy. - disse uma voz no meio das árvores. Então um garoto magrelo, não muito alto, de cabelos cacheados com um cinto de ferramentas apareceu. - Eu sou Leo. Você tem namorado?
Eu ri. Ele corou, e eu achei super fofo. Ri mais ainda, o que, contra a minha vontade, me fazia parecer um pouco rude. Mas eu não liguei, ri pra ter um motivo pra estar corada, porque bem...não é todo dia que um garoto fofo (e atraente, vamos combinar) aparece perguntando se você tem namorado.
-Não, eu não tenho. Ainda. - eu disse e pisquei pra ele. Claro que foi de brincadeira.
-Ah, Jason tem namorada. Desculpe arruinar seus sonhos. - ele disse, revirando os olhos.
-Não estou me referindo à Jason.
-Não? Hã...Percy também tem namorada.
-Não estou me referindo à Percy. Definitivamente, não.
-Hã...quem sobra?
-Você.
-Gente, chega de flertes por hoje. Estamos atrasados. Leo, você vem? - perguntou Jason.
-Bom...só saí do Bunker 9 para procurar por Buford, que fugiu de novo, então, acho melhor eu...
-Não, Leo, chega de se esconder naquele lugar. Você vai participar pelo menos uma vez de uma das atividades. - respondeu Jason, pegando Leo pelo braço.
-Mas...mas...aahh, não me faça passar vergonha na frente da primeira garota que respondeu à meus flertes!! - ele gritou, enquanto Jason o pegou no colo e foi andando mais rápido. A cena foi, no mínimo, engraçada.
Fui andando ao lado dos dois. Leo se agarrou ao pescoço de Jason e ficou olhando as unhas, enquanto gritava: "Mais rápido, servo!! Não te dou 100.000 dracmas de salário para isto!! Anda!!"
Mas ficou muito mais engraçado quando chegamos ao ponto de encontro de nosso grupo e todo mundo viu um cara alto e forte segurando um garoto magrelo que gritava ordens como "Direita!! Esquerda!! Pula!! Abaixa!!". Piper franziu o cenho para os dois.
-Hã...Jason, por que você está carregando Leo nos braços? Ah, oi, Missie! - ela me deu um tchauzinho e um sorriso. Piper parecia ser o tipo de garota que você gostaria de ter como melhor amiga. Dei um tchauzinho de volta.
-É que eu sou tão gostoso que todo mundo me quer. Até os héteros. Tudo bem, Jason, eu entendo. Mas na frente da Piper? Tsc tsc. - disse Leo, balançando a cabeça em desaprovação. Não aguentei e dei risada. Aquele garoto é muito besta.
Jason o soltou e ele caiu no chão. Leo ergueu os braços e gritou "Ei!! Vou descontar do seu salário!!" e todos riram. Fui até ele e estendi a mão, para ajuda-lo a se levantar. Infelizmente, eu estava perto demais dele, e quando ele se levantou, seu rosto ficou a poucos centímetros do meu.
-Hã...oi? - ele disse e deu um sorriso torto, acompanhado de uma sobrancelha levantada. Rapidamente me afastei, com o rosto vermelho como pimentão.
-Desculpe, Pipes. Dessa vez, quero que ele participe. - disse Jason.
-Ok. Mas não o pegue no colo, vocês estavam parecendo recém-casados, sabe? Quando o marido carrega a mulher e...
-Por que eu sou a noiva? Tenho cara de passivo? - Perguntou Leo, interrompendo Piper.
-Na verdade...bom, você é menor que Jason, e não sei se conseguiria carrega-lo. E, chutando, provavelmente Jason tem um...
-PARE!! O que te faz pensar que o dele é maior? - Leo interrompeu Percy, do qual só percebi que estava lá depois de falar aquilo.
-Acho que até o do Nico é maior que o seu. - disse Percy, rindo.
Logo, todos estavam rindo, e Leo balançava a cabeça em desaprovação, mas ria mesmo assim.
-Não me metam nisso. - disse uma voz, vinda de algum lugar. Todos se calaram. Então um garoto saiu da sombra de uma árvore.
Abafei um grito. Com certeza, era o garoto do sonho de Debby. Tinha cabelos pretos, caídos pelo rosto. Olhos pretos e profundos e pele muito pálida. Parecia que tinha acabado de ressucitar, que tinha voltado dos mortos. Lindo.
-Desde quando está aqui? - perguntou Percy, sem olhar nos olhos do garoto. Senti raiva dele. Por quê ele se afastava dele? Por quê todos pareciam desconfortáveis com aquele garoto? O que ele fez?
-Faz um tempo. Venho observando...como vão vocês.
Do jeito que ele disse, soava como se ele estivesse observando apenas Percy.
-Olá, Nico. Não te vejo à um tempo. - disse Piper. - Como vai Hazel?
-Bem. Quem é a garota nova? - ele apontou pra mim.
-Olá. Me chamo Missie. Como vai? - perguntei, chegando perto dele e estendendo a mão. Ele se afastou assustado. Provavelmente poucas pessoas eram amigáveis com ele.
-Não estou acostumado com isso. Não gosto que me toquem. - ele disse, olhando para o chão.
-Não se preocupe. Só estou sendo legal com você. Não sou como os outros. - eu disse, me aproximando vagarosamente. Ele levantou os olhos e ficou me observando por um tempo. Então, desconfiadamente, apertou minha mão.
-Obrigado. Mas você não me conhece. Em breve, vai se afastar de mim. Todo mundo se afasta. Você não me entende.
-Filho de Hades. Antissocial. Se acha insignificante, se acha um intruso. Se sente como se não pertencesse a esse mundo. Sim, eu te entendo.- eu disse. Ele arregalou os olhos e me olhou com uma expressão de surpresa.
-Como você...?
-Todo mundo se sente assim. Todos vêem você como uma aberração. Mas isso não significa que você realmente seja.
Todo mundo que estava naquele lugar olhou pra mim. A maioria parecia chocada. Uma parte olhava com nojo. Jason estava de boca aberta, e deu um sorriso. Balançou a cabeça em aprovação. Nico parecia desconfiado.
-Por que está sorrindo? - perguntou ele.
-Não sei... - desfiz o sorriso bobo que percebi que estava em meus lábios.
-Você é diferente. - ele disse. - Não é?
Ouvi galopes ao longe. Todos se arrumaram em seus lugares, então Quíron apareceu.
-Já têm um plano? O outro time já tem.
-O quê? Ah, sim, temos. Já íamos explicar de novo para Missie, Leo e Jason, que chegaram atrasados.
-Tudo bem. - ele se virou para ir embora, e tomou um susto. - Ah! Nico? Vai participar da atividade?
-Não. Só vim porque...não sei, senti que deveria vir.
Quíron assentiu e levou os olhos até mim. Então, os espremeu e ficou passando de mim a Nico, e de Nico a mim.
-Então vocês já se conhecem? Hum. - ele disse, ainda com os olhos espremidos, e galopou para algum lugar ao longe. Senti meu rosto ficar vermelho. Nico se afastou um pouco de mim.
-Então, o plano é o seguinte: Nos dividimos em 2 grupos. A Isca e os Caçadores. O grupo Isca vai até o território inimigo e os distrai, lutando com eles. Os Caçadores vão até a bandeira e a pegam sem serem vistos. - explicou Percy. - Alguma pergunta?
Ninguém respondeu.
-Ok. No grupo Caçadores terão eu, Jason, Piper, Leo e Missie. O resto é da Isca.
-Hã...Percy - chamou Leo. - onde está Annabeth? Ela é ótima em planos.
-No outro time. Eles têm sorte. - Percy piscou para Leo, e pude ver Nico fazendo uma careta de nojo. Me perguntei o que acontecia entre aqueles três.
-Bom, vamos ao trabalho! - Percy se aproximou de mim e levou os lábios até meu ouvido esquerdo. - Nico é meio sombrio, mas é um bom garoto. Apenas tente não se apaixonar por ele.
Procurei quaisquer indícios de brincadeira em sua expressão, mas ele estava sério. Era quase como se já tivesse se apaixonado por Nico. Um pensamento bobo, concluí.
Leo se aproximou e entrelaçou seu braço direito no meu, como uma dança de quadrilha.
-Vamos lá? - Perguntou e começou a saltitar, me obrigando a saltitar junto. Aquilo era ridículo, no mínimo. - Vou guiar a moça bonita!
Tentei parecer séria, mas acabei rindo. Eu definitivamente não estava muito afim de saltitar por aí com um garoto idiota, mas acabei cedendo, por algum motivo. Leo era fofo, e cheirava à óleo. Legal, agora eu estava cheirando pessoas desconhecidas. Mas... Eu gosto de cheiro de óleo.
Continuamos a andar/saltitar pelo bosque. Percy olhava por entre as árvores o time adversário, esperando o grupo Isca aparecer.
-Será que poderiam parar de saltitar? Estamos tentando ganhar isso aqui. - disse Jason,tentando conter uma risada.
-Estraga-prazeres. - murmurou Leo, se soltando do meu braço.
-Jay, deixa eles. Ficam até fofos assim. - murmurou Piper, e por algum motivo, senti uma vontade estranha de me agarrar a Leo e voltar a saltitar.
Percy desviou o olhar do outro time e ficou olhando pra mim com uma expressão estranha, com o cenho franzido.
-O que foi? - perguntei.
-Nada. Olhando para seu rosto, por um momento pensei que te conhecia, como se... - ele hesitou e balançou a cabeça, como se estivesse espantando uma ideia boba. - esqueça.
E então a Isca apareceu, provocando o time adversário com empurrões, tapas e insultos. Aos poucos, foram ficando com raiva, e uma miniguerra começou. Percy foi dando passos leves para a bandeira, acenando com a mão para nós o seguirmos.
Na metade do caminho, um garoto do time adversário me atingiu com a parte chata da espada e me empurrou em um lago. Imediatamente, Percy se virou, mas Piper colocou a mão sobre seu peito.
-Deixa ela se virar.
Percy fez o que ela pediu.
Tentei me levantar, mas o garoto me derrubou de novo. Agora ele estava me irritando.
-Qual o problema, novata? Você tem uma espada aí, por quê não a usa? - ele perguntou. - é ruim demais pra tentar?
Peguei a espada. Tentei lhe dar um golpe, mas nunca havia usado uma espada na vida, então, é claro que errei e ele me empurrou, me provocando mais ainda.
Senti meu rosto ficando vermelho, mas não de vergonha, e sim de raiva. Me levantei, e foi quando algo muito estranho aconteceu.
A água que estava abaixo de meus pés explodiu em uma onde enorme e atingiu o garoto. Ele se levantou, tossindo, mas eu enviei mais uma onde de água. Agora ele estava no chão, se debatendo, tossindo sem parar, e eu continuava a invocar a água do rio e jogar em jatos fortes nele. E foi então que percebi que todos estavam olhando para mim.
A miniguerra parou, e não se ouvia nenhum barulho a não ser as tosses constantes daquele menino. Percy estava com as mãos na boca, e com os olhos arregalados. Leo também havia arregalado os olhos, mas, junto com a boca aberta, havia um sorriso surpreso. E então todos os olhares subiram até acima de minha cabeça. Quando olhei, vi o desenho de um daqueles garfos...qual era mesmo o nome?
-Um tridente. - murmurou Annabeth atrás de mim. - Uma filha de Poseidon. Semideusa.
Ouvi o som dos cascos de Quíron chegando. Ele apareceu perguntando o que estava acontecendo, mas hesitou no meio da palavra "acontecendo" e manteu os olhos fixos naquele tridente acima de minha cabeça.
-Não é possível que... - Quíron começou.
-Ela não é uma semideusa comum. - disse uma voz ao longe, mas não pude distinguir onde.
Então, um homem loiro, de aproximadamente 20 e poucos anos apareceu. Mas ele não podia ser um cara normal. Em volta se seu corpo, um brilho inexplicável se formava. Ele parecia ser uma pessoa amigável, mas estava com a expressão séria. Tinha um arco pendurado no ombro, e uma aljava de flechas.
-Apolo... - murmurou um adolescente perto de mim. - Pai.
Todos os semideuses que estavam ali se ajoelharam diante do deus. Segui o exemplo deles, mas fui rápido demais e caí sem querer. Rapidamente, me ajeitei.
O deus pareceu satisfeito.
- Essa garota - ele apontou pra mim. - Levante-se.
Fiz o que ele pediu.
-Ela não é uma simples filha de Poseidon. É uma filha de Poseidon com...com uma semideusa. Uma semideusa filha de Apolo.
Todos prenderam a respiração. Apolo deu um sorrisinho maldoso.
-Está feliz, Percy? Ganhou uma irmãzinha.
-Mas...eu conheci você antes, quando tinha 14 anos. Você foi um deus bem legal. Por quê está assim agora? - Percy parecia indignado.
-Eu sou um deus legal. Mas como espera que eu me sinta depois de seu pai...com...minha filha!!
-Sim, mas a culpa não é minha nem de Missie! É de Poseidon.
-Não posso descontar a raiva nele. Ele é um deus. Mas nela eu posso. Você terá um futuro nada bom, Missie. Tenha cuidado. - assim que disse isso, desapareceu com um brilho forte.
-Creio que devemos encerrar por hoje. - disse Quíron. Ele parecia pensativo. - Se dirijam para seus respectivos chalés. Nos vemos no jantar.
Dito isso, ele foi embora. Assim que estava longe o suficiente para não ouvir o que aconteceria lá, todos do chalé de Apolo dirigiram o olhar pra mim. Pareciam estar...com nojo.
-Que tal eu te mostrar o chalé? - Percy dizia, dirigindo um sério olhar sério para os filhos de Apolo. Eles não seriam burros o suficiente para desafiá-lo. Aos poucos, foram voltando para o chalé deles.
-Nunca tive uma irmã. Nem mesmo um irmão semideus. Apenas Tyson, o ciclope. Não vou deixar ninguém te humilhar, entendeu? - Percy disse, me olhando sério. Assenti.
-Temos um irmão ciclope? - perguntei.
Percy deu um sorriso fofo.
-Sim, temos. Vou te apresenta-lo um dia, quando ele voltar do Acampamento Júpiter. Agora, vamos.
Percy me guiou pelo acampamento, com a espada na mão e claramente bem grudado em mim. Entre 10 semideuses de que passávamos, 9 me olhavam feio. Ele deixava claro que estava me protegendo, e eu me senti bem por isso.
Chegamos a um chalé com o mesmo desenho de tridente que havia aparecido acima da minha cabeça antes. Assim que entramos, Percy apontou para uma cama vazia ao lado da dele.
-Tyson dormia ali. Enquanto ele está no outro acampamento, pode ficar nela.
-Percy, posso te perguntar uma coisa?
-Diga.
-Quando você me disse antes, para não me apaixonar por Nico...o que você quis dizer?
Imediatamente, seu sorriso amigável se desfez. Ele olhou para baixo, e piscou forte.
-Tem umas coisas sobre ele e eu que você precisa saber.
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Ooooook, me matem, me torturem, me sequestrem e cortem meus pulsos, mas eu shippo PerNico. Não vou colocar coisas do tipo "Então Percy agarrou Nico e usou seu corpo nú" mas vou leevemente adicionar um pouco desse shipp.
Ah, e sim, eu demorei muito de novo. Mas vou tirar meu gesso amanhã, então provavelmente vou poder postar bem mais. Tá resumido, sim, porque se eu não resumisse levaria 30 capítulos para explicar tudo, então, os primeiros capítulos serão assim.
Beijos,
#Mandie.
-Hey! Annabeth me disse para te levar para o bosque. - ouvi a voz de Jason atrás de mim e tomei um susto, derrubando a espada sem querer. - Eu pego pra você. Desculpe pelo susto.
-Tudo bem, eu estava só...observando. Tudo isso é bem estranho pra mim. - eu disse, e ele deu um sorriso, enquanto se abaixava para pegar a espada.
-É, é sempre assim mesmo. Informação demais, né? Eu não lembro quando descobri que era filho de Júpiter, mas...
-Júpiter? - eu o interrompi.
-Bom...é meio complicado explicar, mas aqui não é o único acampamento para semideuses do mundo. Resumindo, os Deuses têm duas personalidades: Romana e grega. Eu sou filho de Zeus em sua personalidade romana. Vim do Acampamento Júpiter, que é o acampamento para filhos de todas as personalidades romanas. Entendeu?
-Então...se você veio desse outro acampamento, por quê não está lá?
-Eu poderia, mas prefiro ficar aqui, com Leo, Piper, Percy e Annabeth.
-Ah...ainda não conheci Leo.
-Ah, você vai gostar dele. Ou vai odiá-lo. Bom, ele só faz piadas.
-Eu gosto de piadas.
-Sério? As dele são meio irritantes. Gosta de pessoas irritantes?
-Mais ou menos. Então, onde é o bosque?
-Ah sim, é para a direita. Vamos. - ele disse e já foi andando na direção. Enquanto andávamos, fiquei observando seu rosto. Se eu fosse Debby, com certeza já tinha pulado em cima dele. - Por que está me olhando?
-Você é bonito. Mas eu não gosto desse tipo, pode ficar tranquilo. - eu disse, corando um pouco.
-Você gosta de que tipo? Não que eu esteja invadindo sua privacidade ou algo assim.
-Sei lá. Só sei que não gosto dos típicos altos, musculosos, gostosões. - eu afirmei, e ele riu. Uma risada fofa, concluí.
-Se você conhecesse Leo, ele iria com certeza te paquerar. Ele faz isso zoando, claro, até porque todas as garotas que ele paquera reviram os olhos, mandam ele pro Tártaro, ou...
-Como ele é? - perguntei, o interrompendo.
-Bad Boy supremo. E as gatas amam um Bad Boy. - disse uma voz no meio das árvores. Então um garoto magrelo, não muito alto, de cabelos cacheados com um cinto de ferramentas apareceu. - Eu sou Leo. Você tem namorado?
Eu ri. Ele corou, e eu achei super fofo. Ri mais ainda, o que, contra a minha vontade, me fazia parecer um pouco rude. Mas eu não liguei, ri pra ter um motivo pra estar corada, porque bem...não é todo dia que um garoto fofo (e atraente, vamos combinar) aparece perguntando se você tem namorado.
-Não, eu não tenho. Ainda. - eu disse e pisquei pra ele. Claro que foi de brincadeira.
-Ah, Jason tem namorada. Desculpe arruinar seus sonhos. - ele disse, revirando os olhos.
-Não estou me referindo à Jason.
-Não? Hã...Percy também tem namorada.
-Não estou me referindo à Percy. Definitivamente, não.
-Hã...quem sobra?
-Você.
-Gente, chega de flertes por hoje. Estamos atrasados. Leo, você vem? - perguntou Jason.
-Bom...só saí do Bunker 9 para procurar por Buford, que fugiu de novo, então, acho melhor eu...
-Não, Leo, chega de se esconder naquele lugar. Você vai participar pelo menos uma vez de uma das atividades. - respondeu Jason, pegando Leo pelo braço.
-Mas...mas...aahh, não me faça passar vergonha na frente da primeira garota que respondeu à meus flertes!! - ele gritou, enquanto Jason o pegou no colo e foi andando mais rápido. A cena foi, no mínimo, engraçada.
Fui andando ao lado dos dois. Leo se agarrou ao pescoço de Jason e ficou olhando as unhas, enquanto gritava: "Mais rápido, servo!! Não te dou 100.000 dracmas de salário para isto!! Anda!!"
Mas ficou muito mais engraçado quando chegamos ao ponto de encontro de nosso grupo e todo mundo viu um cara alto e forte segurando um garoto magrelo que gritava ordens como "Direita!! Esquerda!! Pula!! Abaixa!!". Piper franziu o cenho para os dois.
-Hã...Jason, por que você está carregando Leo nos braços? Ah, oi, Missie! - ela me deu um tchauzinho e um sorriso. Piper parecia ser o tipo de garota que você gostaria de ter como melhor amiga. Dei um tchauzinho de volta.
-É que eu sou tão gostoso que todo mundo me quer. Até os héteros. Tudo bem, Jason, eu entendo. Mas na frente da Piper? Tsc tsc. - disse Leo, balançando a cabeça em desaprovação. Não aguentei e dei risada. Aquele garoto é muito besta.
Jason o soltou e ele caiu no chão. Leo ergueu os braços e gritou "Ei!! Vou descontar do seu salário!!" e todos riram. Fui até ele e estendi a mão, para ajuda-lo a se levantar. Infelizmente, eu estava perto demais dele, e quando ele se levantou, seu rosto ficou a poucos centímetros do meu.
-Hã...oi? - ele disse e deu um sorriso torto, acompanhado de uma sobrancelha levantada. Rapidamente me afastei, com o rosto vermelho como pimentão.
-Desculpe, Pipes. Dessa vez, quero que ele participe. - disse Jason.
-Ok. Mas não o pegue no colo, vocês estavam parecendo recém-casados, sabe? Quando o marido carrega a mulher e...
-Por que eu sou a noiva? Tenho cara de passivo? - Perguntou Leo, interrompendo Piper.
-Na verdade...bom, você é menor que Jason, e não sei se conseguiria carrega-lo. E, chutando, provavelmente Jason tem um...
-PARE!! O que te faz pensar que o dele é maior? - Leo interrompeu Percy, do qual só percebi que estava lá depois de falar aquilo.
-Acho que até o do Nico é maior que o seu. - disse Percy, rindo.
Logo, todos estavam rindo, e Leo balançava a cabeça em desaprovação, mas ria mesmo assim.
-Não me metam nisso. - disse uma voz, vinda de algum lugar. Todos se calaram. Então um garoto saiu da sombra de uma árvore.
Abafei um grito. Com certeza, era o garoto do sonho de Debby. Tinha cabelos pretos, caídos pelo rosto. Olhos pretos e profundos e pele muito pálida. Parecia que tinha acabado de ressucitar, que tinha voltado dos mortos. Lindo.
-Desde quando está aqui? - perguntou Percy, sem olhar nos olhos do garoto. Senti raiva dele. Por quê ele se afastava dele? Por quê todos pareciam desconfortáveis com aquele garoto? O que ele fez?
-Faz um tempo. Venho observando...como vão vocês.
Do jeito que ele disse, soava como se ele estivesse observando apenas Percy.
-Olá, Nico. Não te vejo à um tempo. - disse Piper. - Como vai Hazel?
-Bem. Quem é a garota nova? - ele apontou pra mim.
-Olá. Me chamo Missie. Como vai? - perguntei, chegando perto dele e estendendo a mão. Ele se afastou assustado. Provavelmente poucas pessoas eram amigáveis com ele.
-Não estou acostumado com isso. Não gosto que me toquem. - ele disse, olhando para o chão.
-Não se preocupe. Só estou sendo legal com você. Não sou como os outros. - eu disse, me aproximando vagarosamente. Ele levantou os olhos e ficou me observando por um tempo. Então, desconfiadamente, apertou minha mão.
-Obrigado. Mas você não me conhece. Em breve, vai se afastar de mim. Todo mundo se afasta. Você não me entende.
-Filho de Hades. Antissocial. Se acha insignificante, se acha um intruso. Se sente como se não pertencesse a esse mundo. Sim, eu te entendo.- eu disse. Ele arregalou os olhos e me olhou com uma expressão de surpresa.
-Como você...?
-Todo mundo se sente assim. Todos vêem você como uma aberração. Mas isso não significa que você realmente seja.
Todo mundo que estava naquele lugar olhou pra mim. A maioria parecia chocada. Uma parte olhava com nojo. Jason estava de boca aberta, e deu um sorriso. Balançou a cabeça em aprovação. Nico parecia desconfiado.
-Por que está sorrindo? - perguntou ele.
-Não sei... - desfiz o sorriso bobo que percebi que estava em meus lábios.
-Você é diferente. - ele disse. - Não é?
Ouvi galopes ao longe. Todos se arrumaram em seus lugares, então Quíron apareceu.
-Já têm um plano? O outro time já tem.
-O quê? Ah, sim, temos. Já íamos explicar de novo para Missie, Leo e Jason, que chegaram atrasados.
-Tudo bem. - ele se virou para ir embora, e tomou um susto. - Ah! Nico? Vai participar da atividade?
-Não. Só vim porque...não sei, senti que deveria vir.
Quíron assentiu e levou os olhos até mim. Então, os espremeu e ficou passando de mim a Nico, e de Nico a mim.
-Então vocês já se conhecem? Hum. - ele disse, ainda com os olhos espremidos, e galopou para algum lugar ao longe. Senti meu rosto ficar vermelho. Nico se afastou um pouco de mim.
-Então, o plano é o seguinte: Nos dividimos em 2 grupos. A Isca e os Caçadores. O grupo Isca vai até o território inimigo e os distrai, lutando com eles. Os Caçadores vão até a bandeira e a pegam sem serem vistos. - explicou Percy. - Alguma pergunta?
Ninguém respondeu.
-Ok. No grupo Caçadores terão eu, Jason, Piper, Leo e Missie. O resto é da Isca.
-Hã...Percy - chamou Leo. - onde está Annabeth? Ela é ótima em planos.
-No outro time. Eles têm sorte. - Percy piscou para Leo, e pude ver Nico fazendo uma careta de nojo. Me perguntei o que acontecia entre aqueles três.
-Bom, vamos ao trabalho! - Percy se aproximou de mim e levou os lábios até meu ouvido esquerdo. - Nico é meio sombrio, mas é um bom garoto. Apenas tente não se apaixonar por ele.
Procurei quaisquer indícios de brincadeira em sua expressão, mas ele estava sério. Era quase como se já tivesse se apaixonado por Nico. Um pensamento bobo, concluí.
Leo se aproximou e entrelaçou seu braço direito no meu, como uma dança de quadrilha.
-Vamos lá? - Perguntou e começou a saltitar, me obrigando a saltitar junto. Aquilo era ridículo, no mínimo. - Vou guiar a moça bonita!
Tentei parecer séria, mas acabei rindo. Eu definitivamente não estava muito afim de saltitar por aí com um garoto idiota, mas acabei cedendo, por algum motivo. Leo era fofo, e cheirava à óleo. Legal, agora eu estava cheirando pessoas desconhecidas. Mas... Eu gosto de cheiro de óleo.
Continuamos a andar/saltitar pelo bosque. Percy olhava por entre as árvores o time adversário, esperando o grupo Isca aparecer.
-Será que poderiam parar de saltitar? Estamos tentando ganhar isso aqui. - disse Jason,tentando conter uma risada.
-Estraga-prazeres. - murmurou Leo, se soltando do meu braço.
-Jay, deixa eles. Ficam até fofos assim. - murmurou Piper, e por algum motivo, senti uma vontade estranha de me agarrar a Leo e voltar a saltitar.
Percy desviou o olhar do outro time e ficou olhando pra mim com uma expressão estranha, com o cenho franzido.
-O que foi? - perguntei.
-Nada. Olhando para seu rosto, por um momento pensei que te conhecia, como se... - ele hesitou e balançou a cabeça, como se estivesse espantando uma ideia boba. - esqueça.
E então a Isca apareceu, provocando o time adversário com empurrões, tapas e insultos. Aos poucos, foram ficando com raiva, e uma miniguerra começou. Percy foi dando passos leves para a bandeira, acenando com a mão para nós o seguirmos.
Na metade do caminho, um garoto do time adversário me atingiu com a parte chata da espada e me empurrou em um lago. Imediatamente, Percy se virou, mas Piper colocou a mão sobre seu peito.
-Deixa ela se virar.
Percy fez o que ela pediu.
Tentei me levantar, mas o garoto me derrubou de novo. Agora ele estava me irritando.
-Qual o problema, novata? Você tem uma espada aí, por quê não a usa? - ele perguntou. - é ruim demais pra tentar?
Peguei a espada. Tentei lhe dar um golpe, mas nunca havia usado uma espada na vida, então, é claro que errei e ele me empurrou, me provocando mais ainda.
Senti meu rosto ficando vermelho, mas não de vergonha, e sim de raiva. Me levantei, e foi quando algo muito estranho aconteceu.
A água que estava abaixo de meus pés explodiu em uma onde enorme e atingiu o garoto. Ele se levantou, tossindo, mas eu enviei mais uma onde de água. Agora ele estava no chão, se debatendo, tossindo sem parar, e eu continuava a invocar a água do rio e jogar em jatos fortes nele. E foi então que percebi que todos estavam olhando para mim.
A miniguerra parou, e não se ouvia nenhum barulho a não ser as tosses constantes daquele menino. Percy estava com as mãos na boca, e com os olhos arregalados. Leo também havia arregalado os olhos, mas, junto com a boca aberta, havia um sorriso surpreso. E então todos os olhares subiram até acima de minha cabeça. Quando olhei, vi o desenho de um daqueles garfos...qual era mesmo o nome?
-Um tridente. - murmurou Annabeth atrás de mim. - Uma filha de Poseidon. Semideusa.
Ouvi o som dos cascos de Quíron chegando. Ele apareceu perguntando o que estava acontecendo, mas hesitou no meio da palavra "acontecendo" e manteu os olhos fixos naquele tridente acima de minha cabeça.
-Não é possível que... - Quíron começou.
-Ela não é uma semideusa comum. - disse uma voz ao longe, mas não pude distinguir onde.
Então, um homem loiro, de aproximadamente 20 e poucos anos apareceu. Mas ele não podia ser um cara normal. Em volta se seu corpo, um brilho inexplicável se formava. Ele parecia ser uma pessoa amigável, mas estava com a expressão séria. Tinha um arco pendurado no ombro, e uma aljava de flechas.
-Apolo... - murmurou um adolescente perto de mim. - Pai.
Todos os semideuses que estavam ali se ajoelharam diante do deus. Segui o exemplo deles, mas fui rápido demais e caí sem querer. Rapidamente, me ajeitei.
O deus pareceu satisfeito.
- Essa garota - ele apontou pra mim. - Levante-se.
Fiz o que ele pediu.
-Ela não é uma simples filha de Poseidon. É uma filha de Poseidon com...com uma semideusa. Uma semideusa filha de Apolo.
Todos prenderam a respiração. Apolo deu um sorrisinho maldoso.
-Está feliz, Percy? Ganhou uma irmãzinha.
-Mas...eu conheci você antes, quando tinha 14 anos. Você foi um deus bem legal. Por quê está assim agora? - Percy parecia indignado.
-Eu sou um deus legal. Mas como espera que eu me sinta depois de seu pai...com...minha filha!!
-Sim, mas a culpa não é minha nem de Missie! É de Poseidon.
-Não posso descontar a raiva nele. Ele é um deus. Mas nela eu posso. Você terá um futuro nada bom, Missie. Tenha cuidado. - assim que disse isso, desapareceu com um brilho forte.
-Creio que devemos encerrar por hoje. - disse Quíron. Ele parecia pensativo. - Se dirijam para seus respectivos chalés. Nos vemos no jantar.
Dito isso, ele foi embora. Assim que estava longe o suficiente para não ouvir o que aconteceria lá, todos do chalé de Apolo dirigiram o olhar pra mim. Pareciam estar...com nojo.
-Que tal eu te mostrar o chalé? - Percy dizia, dirigindo um sério olhar sério para os filhos de Apolo. Eles não seriam burros o suficiente para desafiá-lo. Aos poucos, foram voltando para o chalé deles.
-Nunca tive uma irmã. Nem mesmo um irmão semideus. Apenas Tyson, o ciclope. Não vou deixar ninguém te humilhar, entendeu? - Percy disse, me olhando sério. Assenti.
-Temos um irmão ciclope? - perguntei.
Percy deu um sorriso fofo.
-Sim, temos. Vou te apresenta-lo um dia, quando ele voltar do Acampamento Júpiter. Agora, vamos.
Percy me guiou pelo acampamento, com a espada na mão e claramente bem grudado em mim. Entre 10 semideuses de que passávamos, 9 me olhavam feio. Ele deixava claro que estava me protegendo, e eu me senti bem por isso.
Chegamos a um chalé com o mesmo desenho de tridente que havia aparecido acima da minha cabeça antes. Assim que entramos, Percy apontou para uma cama vazia ao lado da dele.
-Tyson dormia ali. Enquanto ele está no outro acampamento, pode ficar nela.
-Percy, posso te perguntar uma coisa?
-Diga.
-Quando você me disse antes, para não me apaixonar por Nico...o que você quis dizer?
Imediatamente, seu sorriso amigável se desfez. Ele olhou para baixo, e piscou forte.
-Tem umas coisas sobre ele e eu que você precisa saber.
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Ooooook, me matem, me torturem, me sequestrem e cortem meus pulsos, mas eu shippo PerNico. Não vou colocar coisas do tipo "Então Percy agarrou Nico e usou seu corpo nú" mas vou leevemente adicionar um pouco desse shipp.
Ah, e sim, eu demorei muito de novo. Mas vou tirar meu gesso amanhã, então provavelmente vou poder postar bem mais. Tá resumido, sim, porque se eu não resumisse levaria 30 capítulos para explicar tudo, então, os primeiros capítulos serão assim.
Beijos,
#Mandie.
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